sexta-feira, 7 de maio de 2010
terça-feira, 4 de maio de 2010
Aos que vivem morrendo
Aos que vivem morrendo
Ou
Aos que morrem todos os dias
Ou
Aos homens que são humanos
Não escrevo às almas
ou para as mentes que ralham
este poema;
escrevo ao corpo,
ao corpo que se contorce na cama
por comichão, fome e frio,
que vai à luta através do sonho
e por isso dorme a maior parte do
tempo.
No sono in sonho, coabitam,
bolinam as ninfas, ninfetas
e impúberes.
(o poema foi até aqui.)
Dito este e tantos outros que
meus dedos ainda lançarão
a vós, corpos inutilizados,
inutilizáveis, ojerisados por
esta doença infectocontagiosa
que fissura seus lábios,
efemina seus músculos
e bebe da umidade de seu corpo.
Só a vós vou e também
unicamente ao vosso reino.
Da minha “Laia”
Outrora,
a vida com sua teoria newtoniana
atrozmente nos feriu,
sangremos por ruas,
nos alojamos como mendigos em albergues
de uma decadência inimaginável.
Minha “Laia”, desperta!
somos anos-luz de distância superiores;
deixem a mendicância, não há mais pelo qual
assumirmos os vícios, as ignorâncias e
vilezas da laia deles, a César o que é de César,
o embrutecimento da alma àqueles que não lapidados
já são.
Somos da minha “Laia”,
de alguma forma somos superiores,
somos realmente humanos que
entendem sobre como a roda toca
e o porque do lamento descabido.
Seja da minha “Laia”,
largue sua covarde segurança,
deixe que as sedas deslizem do seu corpo ao chão,
aposente sua velha máscara cubista,
confronte-os como um bom soldado civil que é;
saiba que a nossa liberdade vai
até onde os nossos medos nos impelem a parar,
resista-os e eles já não serão mais obstáculos
intransponíveis.
Vem,
da minha “Laia”
contando contigo,
já somos o mundo.
Não viverá
o homem que protege sua carne
dos forasteiros.
Carne Exposta
Outrora,
a vida com sua teoria newtoniana
atrozmente nos feriu,
sangremos por ruas,
nos alojamos como mendigos em albergues
de uma decadência inimaginável.
Minha “Laia”, desperta!
somos anos-luz de distância superiores;
deixem a mendicância, não há mais pelo qual
assumirmos os vícios, as ignorâncias e
vilezas da laia deles, a César o que é de César,
o embrutecimento da alma àqueles que não lapidados
já são.
Somos da minha “Laia”,
de alguma forma somos superiores,
somos realmente humanos que
entendem sobre como a roda toca
e o porque do lamento descabido.
Seja da minha “Laia”,
largue sua covarde segurança,
deixe que as sedas deslizem do seu corpo ao chão,
aposente sua velha máscara cubista,
confronte-os como um bom soldado civil que é;
saiba que a nossa liberdade vai
até onde os nossos medos nos impelem a parar,
resista-os e eles já não serão mais obstáculos
intransponíveis.
Vem,
da minha “Laia”
contando contigo,
já somos o mundo.
domingo, 2 de maio de 2010
Chá das Cinco - Parte II
Se nosso passado é tomado
em xícaras de café ou chá,
o meu é apenas registrado
em caligrafia crua.
Meu passado
vira poema ou toada,
é que poeta têm existência breve
sofre da doença “inadequado”,
por isso escreve,
prega as situações
ao pé de sua cama
e faz delas cárceres domésticas.
E o único contato
com o “Abre-te Sésamo”,
o mundo que Deus fez em seis dias,
é o chá que em discurso sucinto
acaba no quinto e descansa no sexto.
O sétimo...
o sétimo que se dane.
em xícaras de café ou chá,
o meu é apenas registrado
em caligrafia crua.
Meu passado
vira poema ou toada,
é que poeta têm existência breve
sofre da doença “inadequado”,
por isso escreve,
prega as situações
ao pé de sua cama
e faz delas cárceres domésticas.
E o único contato
com o “Abre-te Sésamo”,
o mundo que Deus fez em seis dias,
é o chá que em discurso sucinto
acaba no quinto e descansa no sexto.
O sétimo...
o sétimo que se dane.
terça-feira, 27 de abril de 2010
Eis o homem e aos cachorros os que não me entenderem
(sim, referência e reverência absoluta à Nietzsche)
Deixe que eu cubra esta mesa
que aqui será altar de realidades inventadas
a que me ponho no centro
(divindade despótica e crente absoluto)
exerço meu culto
peço meu milagre
como se estivesse em outro país
e lá fosse permitido matar.
Sim, não cometo erros e nem crimes
estou acima da moralidade
mas se for preciso
reescrevo minhas leis,
porque não há religião maior do que a que inventei.
sexta-feira, 23 de abril de 2010
O que se expõe
Às vezes só existo no exagero
Eterna exposição de mim
Externa auto-explicação de mim
Conjuntura de protestos, axiomas, cartas, afetos
Interna e pontuda angústia que esvoaça
irrompida de não ser
não ser tem em si toda a divindade que transborda de mim
encharcando a terra daquilo que não poderia regar.
Auto expropriação de mim
Sou grito partido
Atabaque para os Orixás
Luminiscência
Bunda de vaga vaga lume prenhe de escuridão
grávida na tentativa
densa e árdua re-obtenção de mim
II
Quando saí da tua vulva, mãe,
era da minha própria boca que saía
Boca úmida, de palavras úmidas
misturadas nos lábios do medo
Não, não tema por mim
que maior medo sinto eu
Medo esse, que se me re-vira,
me descobre e me emancipa
mais ainda de mim.
terça-feira, 20 de abril de 2010
Manifesto poético ao . poe M arte . (2 anos de blog)
MANIFESTO POÉTICO AO . POE M ARTE .
MANIFESTO POÉTICO AO . POE M ARTE .
preso num padrão estético miserável
faço arte para impor meus preconceitos.
subversivo é o ato
subversão é o palco.
Nota:
As palavras de 2 anos atrás continuam com a mesma força hoje.Clique aqui!
sábado, 17 de abril de 2010
Motel
e na cidade vão-se morrendo os amantes.
Atrás deles
vou juntando seus vestígios largados pelo chão
até que fique tudo limpo.
Para alguns foi dado o direito de amar,
para outros,
o dever de guardar esse direito.
(ofício poético)
quarta-feira, 7 de abril de 2010
Poesias de Transfiguração - Início
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