Às vezes só existo no exagero
Eterna exposição de mim
Externa auto-explicação de mim
Conjuntura de protestos, axiomas, cartas, afetos
Interna e pontuda angústia que esvoaça
irrompida de não ser
não ser tem em si toda a divindade que transborda de mim
encharcando a terra daquilo que não poderia regar.
Auto expropriação de mim
Sou grito partido
Atabaque para os Orixás
Luminiscência
Bunda de vaga vaga lume prenhe de escuridão
grávida na tentativa
densa e árdua re-obtenção de mim
II
Quando saí da tua vulva, mãe,
era da minha própria boca que saía
Boca úmida, de palavras úmidas
misturadas nos lábios do medo
Não, não tema por mim
que maior medo sinto eu
Medo esse, que se me re-vira,
me descobre e me emancipa
mais ainda de mim.
Quanto mais de si se empresta ao que nos é privado meticulosamente, mais o si se expande, ultrapassando-se desta forma.
ResponderExcluir* aceito o pacto, vamos é sair de nós para estar em todos os lugares, e não apenas ser.
*abraço.
muita coisa viva na linguagem.
ResponderExcluirmuito bom.
Andréia e Vital,
ResponderExcluirMais o si se expande e cresce numa linguagem viva.
Beijos ; )
existir no exagero é existir humanamente, verdadeiramente... o exagero é nossa forma de sobrevivência...
ResponderExcluirabs grande.
Paulo,
ResponderExcluirComo diria um outro amigo meu: é visceral.
Abraaaço,
Rafa
é sempre um perigo nós nos percebermos no mundo.
ResponderExcluirpessoas tornam-se megalomaníacas, enquanto outras, mais corajosas pulam do 13º andar...