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sexta-feira, 7 de maio de 2010
terça-feira, 4 de maio de 2010
Aos que vivem morrendo
Aos que vivem morrendo
Ou
Aos que morrem todos os dias
Ou
Aos homens que são humanos
Não escrevo às almas
ou para as mentes que ralham
este poema;
escrevo ao corpo,
ao corpo que se contorce na cama
por comichão, fome e frio,
que vai à luta através do sonho
e por isso dorme a maior parte do
tempo.
No sono in sonho, coabitam,
bolinam as ninfas, ninfetas
e impúberes.
(o poema foi até aqui.)
Dito este e tantos outros que
meus dedos ainda lançarão
a vós, corpos inutilizados,
inutilizáveis, ojerisados por
esta doença infectocontagiosa
que fissura seus lábios,
efemina seus músculos
e bebe da umidade de seu corpo.
Só a vós vou e também
unicamente ao vosso reino.
sexta-feira, 23 de abril de 2010
O que se expõe
Às vezes só existo no exagero
Eterna exposição de mim
Externa auto-explicação de mim
Conjuntura de protestos, axiomas, cartas, afetos
Interna e pontuda angústia que esvoaça
irrompida de não ser
não ser tem em si toda a divindade que transborda de mim
encharcando a terra daquilo que não poderia regar.
Auto expropriação de mim
Sou grito partido
Atabaque para os Orixás
Luminiscência
Bunda de vaga vaga lume prenhe de escuridão
grávida na tentativa
densa e árdua re-obtenção de mim
II
Quando saí da tua vulva, mãe,
era da minha própria boca que saía
Boca úmida, de palavras úmidas
misturadas nos lábios do medo
Não, não tema por mim
que maior medo sinto eu
Medo esse, que se me re-vira,
me descobre e me emancipa
mais ainda de mim.
quarta-feira, 7 de abril de 2010
Poesias de Transfiguração - Início
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