Ih
Onomatopéia de espanto
Susto
Grito sustido nos dentes
Versos de efeito
Código de morte
Ávida fome de assombração
Velado gemido
Enrustido arrepio trespassado pelo meio das pernas
Desejo de palavra
Desejo repetido de palavra
Fome de corpo na palavra
Fome do ausente na palavra
Fome de graça
pois que cada palavra é
súplica
tréplica
pois que cada palavra é
réplica divina.
______________________________
Quero agradecer a todos que visitam meu blog em especial à Thalita Carvalho do blog Quarto Índigo, que me indicou como sendo um blog amigo. É justamente pelo carinho de vocês, pelos comentários de admiração e a simples "passadinha" de vocês que me estimula e faz crer que estou no caminho certo.
Beijos e Abraços
Rafa ; )
terça-feira, 20 de outubro de 2009
quarta-feira, 14 de outubro de 2009
Identidade
Identidade
I
Meu nome foi se fazendo antes de anteontem
e antes de anteontem já era o hoje o parto silabado
de vórtices vociferados de vulgares verdades.
Meu nome foi se fazendo ontem
e antes de anteontem já se havia passado
eras e eras de improfícuo espanto
nas asas daquilo que chamariam de avião.
Meu nome foi se fazendo ontem
e antes de ontem já vislumbrava
em pequenas refrações uma possível identidade
saboreada de pluma púmblea prosada de pranto
provada e tendendo ao encanto.
II
Me parti em mistério
metade corpo
metade sonho
na metade da metade
era espanto
na outra metade
já nem era tanto.
III
Que seja o terceiro
antes de vir o quarto
que preceda o quinto
e no quinto se complete
sem mais fomes
nem loquazes provações
de identidade.
IV
Aquele que se expõe
carregando no corpo
vontades que já nascem mortas,
mas que antes mortas
que nunca expostas.
V
Me parti em mistério
metade corpo
metade sonho
na metade da metade
era espanto
na outra metade
já nem era tanto.
____________________________
Confira também o artigo: Poesia e Imagem, o qual relaciona a poesia com publicidade.
I
Meu nome foi se fazendo antes de anteontem
e antes de anteontem já era o hoje o parto silabado
de vórtices vociferados de vulgares verdades.
- nascia uma proposição.
Meu nome foi se fazendo ontem
e antes de anteontem já se havia passado
eras e eras de improfícuo espanto
nas asas daquilo que chamariam de avião.
- máquina lampejada de turbinas fluorescentes rasgando céus
que hoje lhe conferem características poéticas de liberdade.
Meu nome foi se fazendo ontem
e antes de ontem já vislumbrava
em pequenas refrações uma possível identidade
saboreada de pluma púmblea prosada de pranto
provada e tendendo ao encanto.
II
Me parti em mistério
metade corpo
metade sonho
na metade da metade
era espanto
na outra metade
já nem era tanto.
III
Que seja o terceiro
antes de vir o quarto
que preceda o quinto
e no quinto se complete
sem mais fomes
nem loquazes provações
de identidade.
IV
Aquele que se expõe
carregando no corpo
vontades que já nascem mortas,
mas que antes mortas
que nunca expostas.
V
Me parti em mistério
metade corpo
metade sonho
na metade da metade
era espanto
na outra metade
já nem era tanto.
____________________________
Confira também o artigo: Poesia e Imagem, o qual relaciona a poesia com publicidade.
sexta-feira, 9 de outubro de 2009
Um pouquinho além
Um pouquinho além
Um pouquinho além
já seria muito além
como transpor a distância incauta
ou o fim da sempre sabida.
Um pouquinho além
já lhe daria direito
ao reinvento.
Faria do plácido feito
um eterno desespero
do segundo encontro
idas de retorno
do último beijo
o aceno de longe
e do próximo passo
a decisão:
-Viver é sempre um risco
evitá-lo é tolice.
quarta-feira, 7 de outubro de 2009
Camisa de Força
O que me tem acometido culpa
é essa cópula contundente
com fresco marejo matinal;
lençóis puídos por barbas a fazer.
Ah, insanidade homeopática,
retesa meus músculos
irriga-os com pequeninas gotas,
letra por letra,
folha por folha,
e a cura paraninfa
se fará presente.
é essa cópula contundente
com fresco marejo matinal;
lençóis puídos por barbas a fazer.
Ah, insanidade homeopática,
retesa meus músculos
irriga-os com pequeninas gotas,
letra por letra,
folha por folha,
e a cura paraninfa
se fará presente.
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do livro - Clique, ato, poema...
Rafael Costa
sábado, 3 de outubro de 2009
Epigrama nº 04
Não tenho problemas em usar salmos da Bíblia
nem se fosse o Alcorão, o Gitã, o giro Sufi
ou o Kama Sutra
Porque se for para te amar
Amar-te-ei sem credo.
domingo, 27 de setembro de 2009
quarta-feira, 16 de setembro de 2009
segunda-feira, 7 de setembro de 2009
.fura o dedo faz um pacto comigo - artigos
Quando surge a necessidade,
fazemos por onde,
criamos.
O Blog .fura o dedo faz um pacto comigo pretende ir além, para isso surgiu a necessidade de criar mais uma página (blog), no qual pudesse postar artigos acerca de observações feitas por mim no campo da poesia, sua construção estética e afins.
a poesia ainda pode libertar os escravos
Espero que gostem.
Link para o artigo:
quinta-feira, 3 de setembro de 2009
terça-feira, 25 de agosto de 2009
quarta-feira, 19 de agosto de 2009
Um por sessenta, por mil
Eu só preciso de um segundo,
desses que são divididos por mil,
que perduram o abraço, o beijo, a reza.
Um segundo que em cada milésimo
houvesse a infinidade de tudo o que é
limítrofe em nossas vidas tão fissionadas.
O segundo que minha’lma busca
na brevidade de uma pausa consentida
por um enredo-amigo sabido:
-Não fales, nem gesticules,
poupe-nos o segundo,
registremos apenas o
instante,
a
s
s
i
m
pendentes.
desses que são divididos por mil,
que perduram o abraço, o beijo, a reza.
Um segundo que em cada milésimo
houvesse a infinidade de tudo o que é
limítrofe em nossas vidas tão fissionadas.
O segundo que minha’lma busca
na brevidade de uma pausa consentida
por um enredo-amigo sabido:
-Não fales, nem gesticules,
poupe-nos o segundo,
registremos apenas o
instante,
a
s
s
i
m
pendentes.
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