II
No círculo da Bruxa
acenaram positivamente para mim
que sim! sim,
haviam percebido minha chegada
antes mesmo de ali me fazer presente
de me sentir presente
corpo e mente
num deslocamento improvável
de despertencimento
nem onde estive, nem onde estava
(...)
embora pudesse lhes trazer à mente
um quadro de Francisco de Goya:
figuras míticas do assombro:
bestas deglutindo crianças
como quem aperitiva pedaços de frango;
bruxas em seu trajes miseráveis
em torno de um diabo a sorrir,
de chifres e guirlandas,
tudo
sobre um fundo escuríssimo
como nos olhos negros
do menino que há pouco vi na foto.
sábado, 3 de setembro de 2016
quinta-feira, 1 de setembro de 2016
Lá onde os sonhos se tornam pesadelos
Diante da máquina obsoleta
adentrei seu corredor
ladeado de portas
diametralmente opostas.
De um lado,
Desfiladeiro de sonhos!
Do outro,
Desfiladeiro de sonhos!
E na minha arrogância,
Ousei ser maior que a
adentrei seu corredor
ladeado de portas
diametralmente opostas.
De um lado,
Desfiladeiro de sonhos!
Do outro,
Desfiladeiro de sonhos!
E na minha arrogância,
Ousei ser maior que a
Morte.
segunda-feira, 15 de agosto de 2016
Diário de Bordo
Eu
Não quero esconder nada
À sensibilidade alheia
A macilência do rosto
Os olhos afundados em tristezas
Sulcos, gretas, caroços e veias
Testemunhas da minha dor,
da minha feiura
Que não mostra os dentes por vergonha
Não quero esconder nada
À sensibilidade alheia
A macilência do rosto
Os olhos afundados em tristezas
Sulcos, gretas, caroços e veias
Testemunhas da minha dor,
da minha feiura
Que não mostra os dentes por vergonha
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