Eu te amo tanto, mas tanto, tanto. E por te amar e não poder te ter, obrigo-me a amar suas coisas. Passo a ler os teus livros da estante, escutar as tuas músicas, vestir as tuas roupas. Na cozinha, divido a carne suculenta em mínimos pedaços, e as desço pela garganta transubstanciando-me nos teus gostos.
sábado, 17 de setembro de 2011
quinta-feira, 15 de setembro de 2011
Perfil - Exibicionismo
Não sou bonito nem feio, disse Thiago Momm no jornal Diário Catarinense numa de suas crônicas, que agora nem me lembro do que se tratava tamanha identificação e comprometimento que passei a ter por sua frase.
Não sou bonito nem feio, nem rico nem pobre, nem tenho sobrenome de gente importante, e quase nunca supero minha mediocridade, e quase sempre a vida se torna muito maior sobrepondo-me seus lugares, pessoas, e prazeres que nunca sentirei. Mas não há nada de triste nisto, e por isso não me intimido em sonhar com o Nobel de literatura – como se houvesse muitas coisas por dizer -, ou o prêmio Pritzker de arquitetura – como se os meus vazios e cheios fossem válidos para humanidade -.
segunda-feira, 12 de setembro de 2011
Dos sentimentais desencontros ou poemas para se quebrar a fantasia
Diante
de
quais
espelhos
revelastes
tua beleza?
E quantos,
não quais,
viram-te chorar?
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