Não sou bonito nem feio, disse Thiago Momm no jornal Diário Catarinense numa de suas crônicas, que agora nem me lembro do que se tratava tamanha identificação e comprometimento que passei a ter por sua frase.
Não sou bonito nem feio, nem rico nem pobre, nem tenho sobrenome de gente importante, e quase nunca supero minha mediocridade, e quase sempre a vida se torna muito maior sobrepondo-me seus lugares, pessoas, e prazeres que nunca sentirei. Mas não há nada de triste nisto, e por isso não me intimido em sonhar com o Nobel de literatura – como se houvesse muitas coisas por dizer -, ou o prêmio Pritzker de arquitetura – como se os meus vazios e cheios fossem válidos para humanidade -.
Engraçado é que, nesse "exibicionismo", eu não acho que seja arrogância que move este sentimento de que nossos "vazios e cheios sejam válidos para humanidade"... Não apenas arrogância, ao menos. Tem um quê de esperança e desespero nisso tudo, paradoxalmente. Para mim, quando escrevo um texto, na verdade é como se eu estivesse perguntando ao outro se sou mesmo humano (e eu sinto que só mesmo ele é capaz de me dizer).
ResponderExcluiré de vazios e cheios que se faz um copo meio cheio de água (ou meio vazio?)
ResponderExcluirabraço, cara.
P.S.: pergunta depois se é bonito pra sua mãe. o que a minha e diz é a minha verdade. risas.
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