Se nosso passado é tomado
em xícaras de café ou chá,
o meu é apenas registrado
em caligrafia crua.
Meu passado
vira poema ou toada,
é que poeta têm existência breve
sofre da doença “inadequado”,
por isso escreve,
prega as situações
ao pé de sua cama
e faz delas cárceres domésticas.
E o único contato
com o “Abre-te Sésamo”,
o mundo que Deus fez em seis dias,
é o chá que em discurso sucinto
acaba no quinto e descansa no sexto.
O sétimo...
o sétimo que se dane.