epigrama 6
Continuo tentando respirar debaixo d’água;
abrir os olhos no mar salgado sem que os arda;
inspirar cianeto sem que eu morra.
deve haver um jeito
de excluir da boca
a palavra impossível.
inspirar cianeto sem que eu morra.
deve haver um jeito
de excluir da boca
a palavra impossível.
Impossível é ficar longe de você!
ResponderExcluir;*
se há jeito, n sei, mas tentar encontrar faz tudo valer a pena..
ResponderExcluirum tal de Gilles Deleuze só te diria: "corpo sem órgãos"
ResponderExcluireu só te digo que o jeito há! arranque da boca a língua, o impossível até permanece, mas pelo menos um tanto mais velado, e goza a dor da poesia sem a pretensão poética que ludibria.
nós os poetas, somos no fim, só um bando de fanfarrões falastrões, pretendemos tanto o impossível, mas no fim só vivemos a experiência da impossibilidade...
só mesmo um corpo sem órgãos supera isso.
e perdoe se dei a entender uma certa desilusão com a arte, mas de fato, hoje tô mais pra quintanista...
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