pé no chão, coluna quase ereta e ajustada enquanto a fantasia corre solta numa hipocondria cerebral. aprendi essa com o Baudrillard. é quase um descontentamento em pensar numa única coisa com tanta coisa para ser pensada, e pensada rápida e com muito interesse mas desinteressado. Pensamento reconhecido em vício! Em compensação, aceito o floreio da ideia de que tenho uma vontade incontida de pulverizar a mente em vários assuntos, assuntozinhos desconexos fodidos que evitam que eu siga em mim, centrado como um pequeno buda fazendo o meu rolê. clico! rolo páginas web (várias abas), um dedilhar cibernético entre lazer, prazer e trabalho, muito além do mouse. estou conectado em interesses múltiplos sociais. Sexo. penso em me masturbar sem sequer de fato sentir qualquer interesse em me masturbar naquele momento. até o tesão é pulverizado fortuitamente por um perfil qualquer. enredos longos de foda, de você abrindo a porta como um estranho tirando sua roupa de profissional retórico de encanador a médico, ou vagabundo, (mas fálico e duro), agora só fálico e duro e penetrante numa foto, ou videos de um minuto ou cobertura completa no onlyfans. o que faz você seguir adiante na serendipidade da deep web: mais uma foto, mais um perfil, mais um minuto, de todos os tipos, de todas as formas, de todos os jeitos. quem sabe um compilado de trinta minutos de cumeating e a seguir a puríssima ejaculação precoce de tags. o algorítimo imagético venceu.
segunda-feira, 23 de março de 2020
23/03/2020 BRASIL
Há quem se contente com o igual
com o mais do mesmo
com o mesmo do mesmo
só consigo mesmo em si
(eu)
e só em si
todas as energias concentradas
os vórtices e as fomes concêntricas
num umbigão mal rompido
da placenta
que só sabe ser material!
- contando nos dedos as cabeças de gado,
o doutor sem doutorado,
cerca-nos a terra e nos apropria no horizonte
a perder de vista
com o mais do mesmo
com o mesmo do mesmo
só consigo mesmo em si
(eu)
e só em si
todas as energias concentradas
os vórtices e as fomes concêntricas
num umbigão mal rompido
da placenta
que só sabe ser material!
- contando nos dedos as cabeças de gado,
o doutor sem doutorado,
cerca-nos a terra e nos apropria no horizonte
a perder de vista
quarta-feira, 15 de janeiro de 2020
15/01/2020 BRASIL
RECONHECER O INIMIGO
O VERDADEIRO ININIMO
PARA NÃO ATACAR O AMIGO
PARA NÃO PERDER O AMIGO
MAS SEM ESQUECER QUE ELE PODE SER
UM POSSÍVEL INIMIGO
LÁ
.
.
.
NO FUTURO
.
E DEIXECERTO
(que além da pós-modernidade e do hoje,
há, sim, um possível futuro distópico, onde:
-VOCÊ AINDA NÃO É MEU INIMIGO
MAS TEM UMA CARA DE QUEM ME
DARIA DE COMER ÀS BESTAS PARA PROTEGER
SEU
GADO!
O VERDADEIRO ININIMO
PARA NÃO ATACAR O AMIGO
PARA NÃO PERDER O AMIGO
MAS SEM ESQUECER QUE ELE PODE SER
UM POSSÍVEL INIMIGO
LÁ
.
.
.
NO FUTURO
.
E DEIXECERTO
(que além da pós-modernidade e do hoje,
há, sim, um possível futuro distópico, onde:
-VOCÊ AINDA NÃO É MEU INIMIGO
MAS TEM UMA CARA DE QUEM ME
DARIA DE COMER ÀS BESTAS PARA PROTEGER
SEU
GADO!
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