Nunca eu.
Sempre o outro usurpado.
Sou advogado
Sou cozinheiro
Sou puto
E até me arrisco no padê
Sem nunca ter advogado, dado banquetes, lucrado com sexo
ou me escondido por trás
de dunas de sal.
segunda-feira, 28 de julho de 2014
terça-feira, 1 de julho de 2014
Mamão papaia
I
Será de sagitário?
Meio homem ou meio cavalo
O que atrás de mim
Se percebe
E me põe arrítmico?
a pulsação e o pensamento incontidos,
as veias dilatadas
o estômago em pontadas...
e você nem imagina.
II
Meio homem ou meio cavalo
O que atrás de mim
Se percebe
E me põe arrítmico?
a pulsação e o pensamento incontidos,
as veias dilatadas
o estômago em pontadas...
e você nem imagina.
II
Claro,
Você só pode ser de sagitário.
Porque do contrário,
Como poderia meu corpo
Reconhecer amor em si?
Eu, que amo tão limitado,
Por ser condicionalmente limitado,
Como poderia?
A não ser que seja irrefutavelmente
Sagitariano,
signo de homem-cavalo
dialética infinda entre corpo e razão,
como poderia?
Você só pode ser de sagitário.
Porque do contrário,
Como poderia meu corpo
Reconhecer amor em si?
Eu, que amo tão limitado,
Por ser condicionalmente limitado,
Como poderia?
A não ser que seja irrefutavelmente
Sagitariano,
signo de homem-cavalo
dialética infinda entre corpo e razão,
como poderia?
III
E você nem imagina
Das fantasias tecidas
Das elucubrações divagadas
Entre céus e terras
O inferno que nos testa
De paisagens verdejantes e áridas
O abundante e o outro também abundante
Porque é da tua pele e pelo
A que me refiro
Teu corpo
Onde não habita a escassez
IV
E você nem imagina
Das fantasias tecidas
Das elucubrações divagadas
Entre céus e terras
O inferno que nos testa
De paisagens verdejantes e áridas
O abundante e o outro também abundante
Porque é da tua pele e pelo
A que me refiro
Teu corpo
Onde não habita a escassez
IV
Fluido e enérgico
Leitoso ou lacrimoso
Verte de si
Tudo aquilo
Que me brota
V
Leitoso ou lacrimoso
Verte de si
Tudo aquilo
Que me brota
V
Soubesse
Que estes versos em você são brotados
Insurgiria por entre suas cobertas
Revelando o seu signo.
VI
Que estes versos em você são brotados
Insurgiria por entre suas cobertas
Revelando o seu signo.
VI
Não mentirias mais
Seu signo verossímil
VII
Seu signo verossímil
VII
Nem imaginarias de outra forma
O signo que deposita sobre seu sexo
Ou entre as dobras das barras
Do seu calção mamão papaia
Que entrecorta suas pernas peludas
E seu all star botinha branco encardido
VIII
de que lhe interessa?
Porque a mim muito me interessa.
Interessa revelar-lhe o meu amor
Ainda que velado entre as suas dobras
De silêncio e distância mamão papaia
IX
Mas que diabos seria a cor mamão papaia?
Cor primária contrastante na sua pele
Ou cor de esmalte tendência comercial para o próximo semestre?
X
As minhas unhas pintadas de mamão papaia, a fruta.
A que repartida me lembra do inverso de uma buceta,
Negros pelos de margem e seu meio rosa avermelhado,
Mamão papaia,
Sua suculência entre os meus dedos.
XI
É desta cor que seu calção fala?
Da cor que se abre e recebe?
XII
O signo que deposita sobre seu sexo
Ou entre as dobras das barras
Do seu calção mamão papaia
Que entrecorta suas pernas peludas
E seu all star botinha branco encardido
VIII
de que lhe interessa?
Porque a mim muito me interessa.
Interessa revelar-lhe o meu amor
Ainda que velado entre as suas dobras
De silêncio e distância mamão papaia
IX
Mas que diabos seria a cor mamão papaia?
Cor primária contrastante na sua pele
Ou cor de esmalte tendência comercial para o próximo semestre?
X
As minhas unhas pintadas de mamão papaia, a fruta.
A que repartida me lembra do inverso de uma buceta,
Negros pelos de margem e seu meio rosa avermelhado,
Mamão papaia,
Sua suculência entre os meus dedos.
XI
É desta cor que seu calção fala?
Da cor que se abre e recebe?
XII
Isso tudo me põe confundido,
Porque também suponho que esteja.
Centauros, mamão papaia e buceta
Põe qualquer um confundido.
Porque também suponho que esteja.
Centauros, mamão papaia e buceta
Põe qualquer um confundido.
XIII – epílogo
Mamão papaia,
é de corpo de homem que falo. Do seu corpo que é o meu desejo, mas desejo, por ser complexo demais, foge-me sempre a imagem; e por isso ainda mais é o seu nome e seu signo o meu desejo. Transformo tudo em prosa, pra ficar feito carne picadinha em cubos, tudo explicadinho, sabe? Para que, por uma vez por todas, saiba do meu amor por você... se falei em buceta e não cu de homem, perdoe-me, buscava uma imagem para a cor do seu calção mamão papaia e buceta foi o que mais se aproximou... sabe como é, dos cus que vi e lambi por ai, a maioria é arroxeado, como se se recuperassem de uma porrada...
Viu só as divagações tantas... mas maior é o seu silêncio, aposto!
Com amor,
Mamoeiro.
domingo, 29 de junho de 2014
fragmento
(...) 27 de junho de 2014 (...)
Passado o primeiro momento de raiva, em que num impulso vi-me com as mãos no seu pescoço, recuperei a sensatez, enquanto estatelado no chão você recobrava-se da asfixia. E o perdoei, com o coração doído, as lágrimas brotando despretensiosas, eu o perdoei, mesmo sem saber da verdade, aquela que por medo você me escondeu (...)
sábado, 28 de junho de 2014
palavrório de três versos - a palavra
Porque antes de acenderes o cigarro
E o levares até a boca
Sabia da fumaça que se evolaria dela
E o levares até a boca
Sabia da fumaça que se evolaria dela
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