quinta-feira, 22 de setembro de 2011
Dos sentimentais desencontros ou poemas para se quebrar a fantasia
Eu te procurei por semanas.
Procurei dentro dos dias da semana,
dentro dos períodos dos dias,
dentro das horas dos dias.
Na última hora do dia
(a mais obsessiva antes do sono)
houve desespero
houve alegria
houve nada
e soube
como se sabe
depois das longas
buscas
que te procurei
no ano
errado.
domingo, 18 de setembro de 2011
poema a 4 mãos
Poema feito por minha amiga Isadora sobre essas coisas da nossa vida.
O futuro
bateu na porta do meu coração
Você me diz para não o deixar entrar
Que ele não me merece
Que ele não existe
Mas se só existe a minha imaginação louca
Que desvirtua o mundo
E que me projeta sempre pra onde não estou
Que crie então um personagem, você diz
Esquizofrênicos
Para além de mim
Que pertençam a esses mundos que teço
E o meu eu, clinicamente são
De âmago verdadeiro e inexpugnável
Que se dispense de tudo
E que te ame hoje
E só hoje
Porque senão, vira desespero
E ambos sabemos que somente aos soluços é que se dorme aí
Você me diz para não o deixar entrar
Que ele não me merece
Que ele não existe
Mas se só existe a minha imaginação louca
Que desvirtua o mundo
E que me projeta sempre pra onde não estou
Que crie então um personagem, você diz
Esquizofrênicos
Para além de mim
Que pertençam a esses mundos que teço
E o meu eu, clinicamente são
De âmago verdadeiro e inexpugnável
Que se dispense de tudo
E que te ame hoje
E só hoje
Porque senão, vira desespero
E ambos sabemos que somente aos soluços é que se dorme aí
sábado, 17 de setembro de 2011
Uma visão sobre psicanálise
Eu te amo tanto, mas tanto, tanto. E por te amar e não poder te ter, obrigo-me a amar suas coisas. Passo a ler os teus livros da estante, escutar as tuas músicas, vestir as tuas roupas. Na cozinha, divido a carne suculenta em mínimos pedaços, e as desço pela garganta transubstanciando-me nos teus gostos.
quinta-feira, 15 de setembro de 2011
Perfil - Exibicionismo
Não sou bonito nem feio, disse Thiago Momm no jornal Diário Catarinense numa de suas crônicas, que agora nem me lembro do que se tratava tamanha identificação e comprometimento que passei a ter por sua frase.
Não sou bonito nem feio, nem rico nem pobre, nem tenho sobrenome de gente importante, e quase nunca supero minha mediocridade, e quase sempre a vida se torna muito maior sobrepondo-me seus lugares, pessoas, e prazeres que nunca sentirei. Mas não há nada de triste nisto, e por isso não me intimido em sonhar com o Nobel de literatura – como se houvesse muitas coisas por dizer -, ou o prêmio Pritzker de arquitetura – como se os meus vazios e cheios fossem válidos para humanidade -.
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