domingo, 2 de agosto de 2009

fura o dedo faz um pacto comigo

Mudança de planos e de comportamento, a infinita mentira do ser
começa a se tornar apenas um mero arquivo morto
e pede aos leitores que não morram, eu sei, será difícil... mas controlem-se!
A INFINITA MENTIRA DO SER dá lugar ao Fura o dedo faz um pacto comigo.
Confesso não saber o que mudará, talvez só o nome e o template, mas quiçá seja o ponto de partida para algo completamente novo.

Deixo a todos que leram este blog até hoje o convite para continuarem me visitando no
e um poemeto

Porque só lembro-me de ti
Quando minha mente o nega estranhamente
e já sem recordações.

Transladar

Transporte.

É entre o ir e vir e continuar em outra condição.

Partir é fundamental.
Deixar um arquivo morto,
um portfólio do que já fui.

É quando já não quero nada
mesmo sendo o nada
e sua contraposição do tudo.

Aqui

não cabe nada do que eu não seja hoje.
Poderão vir batidas na porta de amores que um dia se foram.
Hoje sou eu quem parto,
hoje sou eu quem vago.
pois há uma correria pelos corpos
nos quais não comportam datas
ou promessas responsáveis.

Experimento.
Permito-me ao novo
mesmo temendo e denunciando
no semblante da boca,
o medo.

Anuncio
-Partir é fundamental.
Queimar as fotos e mudar de hábitos
embranquecer o luto
e deixar senão o esquecimento do ontem.

sábado, 1 de agosto de 2009

Epigrama nº 03




Cobrirei teus olhos com promessas de pura luz
e em ti verei tuas pupilas se contraírem
receando a recente descoberta da cegueira.

Restar-te-á meu tato e nele virás te apoiar:
sou tua muleta
teu Jesus
teu mestre
a evasão do teu mal
na redenção do teu caos.

Porque sou teu credo já esquálido
teu deleite em concordata
tua papila não degustada
tua surpresa acobertada pelo tempo
e o universo de possibilidades
para tua salvação.


(...)


Amo seu estado de Asceta.
Esta sua postura arcada
sobre seu próprio umbigo
que parece pronto para mudar o mundo
no simples fato de fechar os olhos
e achar seu eixo nos seus mudrás.

Você, meu Mahatman Gandhi
que me tira o que não tenho
que me põe debaixo desse seu manto encardido.
Mas, se você soubesse que
É bem pouco o que eu quero de você
– e que nesse pouco ainda caberia esses seus jejuns
extenuantes de sexo e comida e esses seus votos
de silêncio, que violentam seu próximo falastrão –
se você soubesse
partiria o teu mundo em dois
uma parte deixaria de resguardo como a uma parturiente,
e a outra, sim, a outra...

- O que faria, baby?

Arremessaria,
porque minha humanidade é limitada
e minha subversão é máxima.