quinta-feira, 26 de março de 2009
Megalomaníacos
Não ter consciência do que se faz, não justifica isenção de impostos. Pelo contrário, na minha megalomania estes serão os primeiros a serem mortos.
quarta-feira, 25 de março de 2009
Megalomaníacos - Primeira parte (talvez única)
Juntos a mesa redonda, dois amigos conversam sobre suas aspirações em mudar o mundo.
Alto chanceler, começamos por onde?
Matando!
Isso eu sei. Mas começamos por quem?
Primeiro: a putinha.
Segundo: as perdidas.
Terceiro: os que perdem tempo.
E...
Depois o resto. E ah, o resto que se foda no ralador de queijo!
Continuaaaaaaaaaaaa!
Alto chanceler, começamos por onde?
Matando!
Isso eu sei. Mas começamos por quem?
Primeiro: a putinha.
Segundo: as perdidas.
Terceiro: os que perdem tempo.
E...
Depois o resto. E ah, o resto que se foda no ralador de queijo!
Continuaaaaaaaaaaaa!
sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009
Porque me ler - Parte I

I
Porque me ler. Não, vou criar outro título, este não me tem inspirado a desenvolver idéias. Que tal, Por que as pessoas morrem de câncer? Não, piegas demais. Talvez intitule de “Poética”, contudo isso não é poema mesmo que beire a abstração. Na verdade é mais um “porquê de escrever”.
Como aquele meu personagem de cabeleira ruiva, ainda sem nome, que mesmo não compreendendo como as palavras se engendram num livro, vai à biblioteca pública de sua cidade, senta-se, folheia do clássico ao contemporâneo, no entanto são apenas possibilidades, pois que ele só entende quando se depara com a palavra respirar, então numa cadência quase inaudível infla seus pulmões ao limite e então exala aliviado sabendo que de tudo o que lera, algo lhe havia entranhado como fumaça de cigarro e daquele cheiro não esqueceria.
Esse ruivinho ainda carrega as dores do mundo. Um idiota. Quer porque quer saber o que é câncer. Pena que ele não me pode ler, senão lhe diria que é inútil conhecer, é como tentar saber o que é a fome quando se tem a disposição guloseimas na dispensa, ou então, passar um fato como verdadeiro ao próximo só porque leu em algum livro que o homem foi à lua; tornando a idéia um pouco mais acessível, a história do mundo ou do seu vizinho é indiferente, ela nunca existiu. Não nos interessa. O que nos interessa é unicamente o que nos faz ser como somos: é o subjetivo. Ou agora você vai insistir em me convencer que presencia velórios alheios?
Têm coisa melhor que se dar ao luxo vez ou outra? O ruivinho às vezes vai à feira e compra bandejinhas de figos e sente deliciosa cócegas na língua quando a aspereza do mesmo lhe toca. Então morde, mastiga e engole satisfeito, toma um bom chocolate quente e se deita para não pensar em nada, o que expressa uma enorme vontade de viver, de sair do mundo emprestado dos outros e de criar sua própria história.
Já sonhou em ser policial ou mesmo médico, pois assim estaria sendo o herói de alguém, mas já lhe disse: as pessoas que se salvem sozinhas, idiota! Come seu figo e faça o seu.
quinta-feira, 8 de janeiro de 2009
Um fusca 88 ou qualquer coisa de quatro rodas
Escreverei qualquer coisa agora, como narrar a passagem de um fusca 88 vermelho pela minha rua ao mesmo tempo em que escrevo isto; isto que pode ser qualquer coisa mesmo, porém com uma condição: que você me leia.
Sei pelo barulho que era um fusca 88 e vermelho porque é do meu vizinho - não se preocupem, o escritor aqui não passou a ter epifanias depois que começou isto – ele sempre sai esse horário para buscar sua mulher no trabalho, diria que vivem felizes, possuem um casal de filhos - por um minuto pensei em mentir e dizer que eram de gêmeos, não, me recuso, hoje só o que pode ser verídico é que vou contar.
Meu vizinho também reúne seus amigos nos sábados à noite para comerem aquele belo bife sangrento com a cervejinha nossa de cada dia, gargalham alto, tal como conversam. Aliás, por que estou falando deles? Ah, ok (revelações) o autor disto é pré-intencionado e se desvenda perante o leitor – não sabia como começar!
E lá vamos nós nessa busca do “qualquer coisa”, como diria Fernanda Young em seus romances “ande logo com essa punheta, homem”. Tá, calma, é que as palavras às vezes me são débeis e se escapolem e quando isso acontece o que posso fazer é falar de outra coisa que não da idéia principal do texto; é nesse ponto que invadem esses vizinhos na minha retórica e tomam seus lugares de abre-alas, como agora: alguém bate na minha porta – com licença caro leitor, um minutinho...
... me desculpe, é que sabe como é vida em sociedade, temos que ser maleáveis, nunca sabemos quando vamos precisar –.
Deitei ontem lá pelas onze da noite com uma doída vontade de chorar. Sabe quando seus pulmões receiam a entrada do ar? Pois então, foi assim, não queria sequer o mínimo átomo de oxigênio, tinha medo, estava escuro e Tchaikowsy tocava como plano de fundo para um possível fim trágico, estava certo de que morreria ontem mesmo.
Pronto, a idéia voltou (epifania). È que ao invés de me tornar forte, dia a dia me debilito mais e minha maturidade encerra na de uma criança de 5 anos prestes a largar tudo, sim, desistiria de tudo ontem e hoje também, romperia com essas amizades estranhas, com os laços afetivos e me jogaria mundo além para morrer como um aborígine, o qual quando surge a oportunidade da morte lança-se na floresta, pois já não pode prover mais os frutos que sua comunidade necessita, e isso não é nem um pouco indigente, é apenas cultural.
Ah, me desculpe novamente, estou aqui me lamentando, espere. Ouça. É o vizinho e seu fusca 88 vermelho e sua mulher depois de mais um dia de trabalho. Na certa, queria entender como levar uma vida assim tão rotineira, talvez um pouco mais leve e menos ácida como a que tenho levado. (interjeição) Sim, saquei (nada é por acaso), o que me falta é um fusca 88 vermelho e uma boa mulher de quadris largos para me dar alguns belos filhos? (interjeição) Confesso, tenho inveja de tudo isso, me empresta?
Sei pelo barulho que era um fusca 88 e vermelho porque é do meu vizinho - não se preocupem, o escritor aqui não passou a ter epifanias depois que começou isto – ele sempre sai esse horário para buscar sua mulher no trabalho, diria que vivem felizes, possuem um casal de filhos - por um minuto pensei em mentir e dizer que eram de gêmeos, não, me recuso, hoje só o que pode ser verídico é que vou contar.
Meu vizinho também reúne seus amigos nos sábados à noite para comerem aquele belo bife sangrento com a cervejinha nossa de cada dia, gargalham alto, tal como conversam. Aliás, por que estou falando deles? Ah, ok (revelações) o autor disto é pré-intencionado e se desvenda perante o leitor – não sabia como começar!
E lá vamos nós nessa busca do “qualquer coisa”, como diria Fernanda Young em seus romances “ande logo com essa punheta, homem”. Tá, calma, é que as palavras às vezes me são débeis e se escapolem e quando isso acontece o que posso fazer é falar de outra coisa que não da idéia principal do texto; é nesse ponto que invadem esses vizinhos na minha retórica e tomam seus lugares de abre-alas, como agora: alguém bate na minha porta – com licença caro leitor, um minutinho...
... me desculpe, é que sabe como é vida em sociedade, temos que ser maleáveis, nunca sabemos quando vamos precisar –.
Deitei ontem lá pelas onze da noite com uma doída vontade de chorar. Sabe quando seus pulmões receiam a entrada do ar? Pois então, foi assim, não queria sequer o mínimo átomo de oxigênio, tinha medo, estava escuro e Tchaikowsy tocava como plano de fundo para um possível fim trágico, estava certo de que morreria ontem mesmo.
Pronto, a idéia voltou (epifania). È que ao invés de me tornar forte, dia a dia me debilito mais e minha maturidade encerra na de uma criança de 5 anos prestes a largar tudo, sim, desistiria de tudo ontem e hoje também, romperia com essas amizades estranhas, com os laços afetivos e me jogaria mundo além para morrer como um aborígine, o qual quando surge a oportunidade da morte lança-se na floresta, pois já não pode prover mais os frutos que sua comunidade necessita, e isso não é nem um pouco indigente, é apenas cultural.
Ah, me desculpe novamente, estou aqui me lamentando, espere. Ouça. É o vizinho e seu fusca 88 vermelho e sua mulher depois de mais um dia de trabalho. Na certa, queria entender como levar uma vida assim tão rotineira, talvez um pouco mais leve e menos ácida como a que tenho levado. (interjeição) Sim, saquei (nada é por acaso), o que me falta é um fusca 88 vermelho e uma boa mulher de quadris largos para me dar alguns belos filhos? (interjeição) Confesso, tenho inveja de tudo isso, me empresta?
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