segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Solilóquio

O celular, sem ligações; o Facebook e o e-mail, sem mensagens novas. Sim, não tenho mais notificações para checar, e estou aflito.

Pergunto:

- Se voltou, por que se ausenta?

Não havia mais saudade desde a vez em que havíamos dado um fim. Lembro-me de lhe ver saindo de casa, e eu com os olhos embaçados diante do espelho reafirmava o fim. Até que disse, depois de um tempo, que queria conversar comigo. Depois nos deitamos, transamos, repetimos encontros, e aceitamos a nos chamar de amor porque ainda era amor, seria frustrante nos negarmos a esse direito

(...)

sábado, 18 de agosto de 2012

Os homens que nunca existiram

O mais difícil era dizer a ele que o que ele vivia não existia, era invenção. Ele não sentia o que realmente sentia e nem amava o que ele dizia amar: sofria desnecessariamente.

Todo aquele desequilíbrio, aquelas noites de cigarros acesos, taças de vinho sempre pela metade, os beijos e promessas de eternidade, nunca aconteceram, ou eram meras imagens das drogas que usava para dormir, mas sim, pequenas ilusões.

Diz-me:

-E de que serve a realidade quando se ama?

Não sei te responder. Como não sei te responder se sou mais feliz contigo ou com os outros. Quando tudo, toda a minha personalidade se desfaz num gozo em que as minhas pernas se tornam catatônicas, e dentro do seu mundo, meus lábios mexem-se involuntariamente.

Palavrório de três versos


Naquela posição
é que eu sabia que eras
meu