Quando eu afirmei: escolho a lamentação! Afirmei também tantas outras coisas. Disse, escolho a lamentação, assim como escolho o desamor, o desassossego, a minha desordem. Eu afirmei escolho a lamentação ao mesmo instante que inundado por sua paixão sagitariana, eu escolhi o ódio como eixo de roda, giro de vida, força motriz retórica das quedas d’água.
Porque o que mais nos aproximava era aquilo que detestávamos um no outro, e fazia-nos travar batalhas dialéticas que só se resolviam no sexo. Ainda assim, havia uma competição inata de quem seria ativo ou passivo, então optávamos pelo troca-troca para que ninguém saísse perdendo. O grande problema é que no fim de cada luta, saíamos conscientes de uma ruptura próxima.
Então a ruptura catártica.
A ruptura que me encaminharia pra esta vida careta, mas promissora que levo. Sem cigarros, nem alcoóis, gorduras trans e saturadas, exercícios físicos regulares, dois litros de água e sorriso branco. Tudo o que você me pediu e naquele momento não me fazia sentido... agora só me faz sentido porque tais hábitos configuram-se numa vingança sutil de ostentar a minha liberdade.
(...)
A minha liberdade é que não fazia sentido contigo, tal como não me faz sentido explicar qualquer coisa agora que você não está por perto para me resolver sexualmente... e talvez um dia, eu entenda, - entendimento fora da filosofia, da semiótica, da porra da psicologia -, o porquê de sentir saudade daquilo que na maior parte do tempo quis que estivesse ausente.
Porque o que mais nos aproximava era aquilo que detestávamos um no outro, e fazia-nos travar batalhas dialéticas que só se resolviam no sexo. Ainda assim, havia uma competição inata de quem seria ativo ou passivo, então optávamos pelo troca-troca para que ninguém saísse perdendo. O grande problema é que no fim de cada luta, saíamos conscientes de uma ruptura próxima.
Então a ruptura catártica.
A ruptura que me encaminharia pra esta vida careta, mas promissora que levo. Sem cigarros, nem alcoóis, gorduras trans e saturadas, exercícios físicos regulares, dois litros de água e sorriso branco. Tudo o que você me pediu e naquele momento não me fazia sentido... agora só me faz sentido porque tais hábitos configuram-se numa vingança sutil de ostentar a minha liberdade.
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A minha liberdade é que não fazia sentido contigo, tal como não me faz sentido explicar qualquer coisa agora que você não está por perto para me resolver sexualmente... e talvez um dia, eu entenda, - entendimento fora da filosofia, da semiótica, da porra da psicologia -, o porquê de sentir saudade daquilo que na maior parte do tempo quis que estivesse ausente.