Ano novo, template novo. Na verdade não sei se mudei devido ao ano novo ou as circunstâncias decorrentes. Para cada mudança, milhões de imagens e idéias se mesclam, sendo que muitas vezes o excesso me restringe e me deixa agressivo, arredio e dissonante até mesmo com as pessoas que convivo e amo. Abaixo projeto novo, chamado
Poesias de transfiguração, aquele que na segunda feira quando cheguei de viagem me tirou do meu centro. Peço desculpas a ti, meu amor e aos outros leitores boa sorte na leitura.
Quando souber do resto, te digo.
te amo.
Poesias de Transfiguração
É sempre pela manhã minha maior carência
falta permanente nos
abraços que se apagaram durante a madrugada
e que nunca se restituirão.
É sempre pela manhã o desenlace
a imponência do sol trazendo todo
seu tépido despertar
maldita novidade da qual só eu participo
essa que me acordo
proclamando-me outro
como nascer e morrer sempre
e nisso tudo não ser ressurgido
é outro corpo: matéria transfigurada.
É sempre pela manhã que me entrego à luz
nasço com os olhos espantados
narinas excitadas
na boca,
o deguste da subnutrição.
Cresço rápido
e sendo tarde já estou prenhe de mim
sendo noite, volta o enlace,
readaptação no que você dita
e sem tempo, sem tempo, sem tempo
ter hora exata para morrer
sendo puro esquecimento sem nunca ter sido lembrança
só a descoberta triste de nunca ter tido pai.