terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Poema Imagem IV - Diário de Bordo




Estou morando em um determinado lugar
com determinadas pessoas,
as quais, ordenam determinadas coisas
antes de submergirem suas redes para o arrastão no mar.

Estou sentado em um determinado banco
num determinado café de esquina
lendo uma determinada revista.

Marulho, marejo, marujo
que trazes do mar?
Uma pedra redonda,
um olho de peixe,
ou enguias eletrificadas de sonhos?

Estou, e estar já é determinar qualquer possibilidade
de começar a ser qualquer determinada outra coisa;
outra coisa que bóie e transborde e exceda.

Não inculca que minha história seja velha,

O palco é novo.
O palco é grande.
O palco é gente.
A gente é nova.
A gente:
são-me estranhas.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

História Poética I - Italiano por André Benedet Zilli


Desafiei o André (blog), e aqui está a versão do poema em italiano. Adorei(amei), pois com maestria conseguiu dar ritmo e musicalidade inerente à obra original (em português). André, ficou 
ó t i m o
espero que continue colaborando. Abraço, friend ; )
Marina, la concubina


Nel vibrare dell'aciaio
il tempo frana alla sordina
Nel curvarsi dell'osso
la flessibilità di Marina
Alle sette della mattina si sveglia, senza responsabilità
stira i suoi muscoli, la ragazza,
cerca la gelida acqua nel pozzo
si bagna, ovunque, ferina.
Nel vibrare delle ali
Marina lascia sua casa,
nem cammino sinuoso
piè davanti a piè, pesta in un mondo fallacioso.

Fernando, il pierro

La cappa a terra agitando come le foglie
va Fernando, il pierro italiano.
Con cotte ingenue
eclissando le sue lussurie,
portando i suoi sogni verso le vie.
Si ride si fa allegro nel cammino
transeunte, nella busca del mulino.
La cappa nella strada agitando come le foglie
ai re pedestri inscenando
il Insano-Fernando,
alla lettera amando.

Mulino, è nel cammino

Era stato inattivato il macinare del grano
Avevo ceduto spazio ai atti eroici della passione.
Aveva sospirato per venti forti, era arrivata la concubina
Pierro in ritardo, lei presto non si conterrebbe;
- sa chi ama della fugacità del tempo -.
Dunque, addentra Fernando e cerca Marina,
in devozione sibilante,
in uma destrezza astrattamente
amante.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Série Derrames - Derrames I



Se não te mato de vez

com um só disparo
é por covardia cotidiana.
Matar aos poucos é menos injusto comigo
menos temerário e me justifica
e não me força arrependimentos
quando te morreres de vez.
quando te morreres de vez
fraqueza última e virgem

- saiba, que te matei sempre
  mas a decisão sempre foi sua.