segunda-feira, 29 de agosto de 2011
Dos sentimentais desencontros ou Poemas para se quebrar a fantasia
De agora adiante
não com-partilho sonhos
por medo de me pôr
deitado exaurido
quando for sua vez
de pôr seus sonhos
sobre a minha mão
e eu lhes conferir
pernas, braços e troncos
de encorajamento.
sábado, 27 de agosto de 2011
Dos sentimentais desencontros ou Poemas para se quebrar a fantasia
Nunca fui tão atual quanto hoje.
Nunca estive tão próximo da morte.
Existe algo mais atual que a morte?
Um passo e ela nos apanha.
Um passo e ela nos resume.
quarta-feira, 24 de agosto de 2011
Memória
LEMBRANÇA
contido em meu passado
o que ficou fora do tempo
dos outros
contido em meu passado
o que ficou fora do tempo
dos outros
ESQUECIMENTO
fora dos seus passados
o que ficou contido
no meu desejo
segunda-feira, 22 de agosto de 2011
Dos sentimentais desencontros ou Poemas para se quebrar a fantasia
O meu ofício poético
Vingará teus mortos
Teus próximos mortos
A saudade dos teus próximos mortos
A saudade daqueles que já estão mortos
E a tua própria morte
Antes da tua própria morte
Que gira constantemente
Nas tuas faltas, excessos e meio-termos
O meu ofício poético
Guardará tua humanidade.
domingo, 21 de agosto de 2011
Dos sentimentais desencontros ou Poemas para se quebrar a fantasia
Achar uma desculpa
No meio do mundo
No meio do pavio da vela
Acendê-lo ao santo
Dar ares de transcendental
Aos erros.
sábado, 20 de agosto de 2011
Dos sentimentais desencontros ou Poemas para se quebrar a fantasia
Se perder
Perde
Entre
Os dedos
Escapole da
Boca
Rompe de algum Lugar
sexta-feira, 19 de agosto de 2011
Exibicionismo - Derivações
Há tempo para tudo.
Tempo de ficar por mim,
Outro,
de morrer por ti.
*
Há tempo para tudo:
Tempo de bater pra mim,
Outro,
de bater pra ti.
quinta-feira, 18 de agosto de 2011
Exibicionismo
Excessivamente na vitrine.
Tristemente na vitrine.
Ocioso como num orfanato,
atarefado como num internato.
Há tantas coisas por se fazer
tanto que não se faz nada.
Então aprendo um novo idioma.
Mais um que me qualifica
como próprio para consumo.
Culpa do design
que sempre está ali
com seus modelos másculos,
mais vitrinosos
do que, obviamente, chegaria a ser.
Eu bem sei disso, talvez mais que o mercado,
Tristemente na vitrine.
Ocioso como num orfanato,
atarefado como num internato.
Há tantas coisas por se fazer
tanto que não se faz nada.
Então aprendo um novo idioma.
Mais um que me qualifica
como próprio para consumo.
Culpa do design
que sempre está ali
com seus modelos másculos,
mais vitrinosos
do que, obviamente, chegaria a ser.
Eu bem sei disso, talvez mais que o mercado,
que vende seus estilos
usando das nossas fraquezas sentimentais.
Meu alter ego poderia ser Louis Garrel
se lógico, entendesse de alter egos
e já fosse Louis Garrel sem o perceber.
Os cabelos crespos,
os olhos castanhos claros
a brotarem de mim.
Depois, a empáfia
de se vestir
abrasadoramente
tentando as virgens a correrem
para o banheiro se masturbarem.
Seria tão desejado
que por fim
acabaria por não querer nenhuma.
usando das nossas fraquezas sentimentais.
Meu alter ego poderia ser Louis Garrel
se lógico, entendesse de alter egos
e já fosse Louis Garrel sem o perceber.
Os cabelos crespos,
os olhos castanhos claros
a brotarem de mim.
Depois, a empáfia
de se vestir
abrasadoramente
tentando as virgens a correrem
para o banheiro se masturbarem.
Seria tão desejado
que por fim
acabaria por não querer nenhuma.
Um dia haveria de querer,
caído num amor bêbado,
aonde se compõem
sexo, amor e um pouco de intriga
incitando os pensamentos
de solidão e imprescindível presença
daquilo que possa me deixar a qualquer instante.
caído num amor bêbado,
aonde se compõem
sexo, amor e um pouco de intriga
incitando os pensamentos
de solidão e imprescindível presença
daquilo que possa me deixar a qualquer instante.
- Quem se pronunciará diante às coisas que falo?
Há tempo para tudo.
Tempo de ficar por mim,
outro,
de ser por ti.
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