a idéia do nosso mundo
a idéia do nosso mundo
a idéia do nosso mundo
a idéia do nosso mundo
a idéia do nosso mundo
Este é o tempo das mentes partidas e dos corações arredios.
Das fomes insassiáveis e das sedes extintas;
é que falta água de tanto nos lavarmos.
É o tempo dos amores feridos e da ausência sem fim.
Dispomos de gatilhos,
trepamos, trepamos e continuamos trepando por trepar,
não que isso seja errado, porque também fodo por foder,
mas a manhã seguinte sempre vem impigida de uma carência maior que a anterior;
assim como se acende cigarros,
um após o outro e permanecemos com os pulmões vazios,
somos a idéia concreta da angústia,
esta sensação de ter perdido algo e nunca se saber o por quê.
Continuamos perdendo, vai-se uns parentes e outros tantos milhões de estranhos,
e graças, não precisamos nos condoer, mesmo:
o mundo já nos dói por si só.
Todavia o mundo não tem peso algum,
o que pesam são as pessoas
o que dói são as pessoas.
Criamos teorias, nos apoiamos em Drummond,
, Lindolf Bell e tantos outros,
por um instante a vida fez sentido e somos belos e sujos,
somos a contrapartida da resposta quando ansiávamos o aceite, porque queremos e queremos e já não queremos mais.
Somos temerários quando deveríamos não nos arriscar,
covardes quando o que mais a vida pede é coragem.
Elegemos novos ídolos,
pois deus já não faz sentido,
criamos Madona, Lady Gaga, Mika, Chico Buarque, Pelés,
e lhes cobramos ritmos absurdos,
suplicamos um milagre quando a única coisa que podem fazer é afirmar nossos medos,
sem mais respostas.
Estamos perdidos no mesmo caminho,
não há nada demais na liberdade,
alcançada, a busca se intensifica.
É questão de tempo até que tudo se perca
de vez.