Entenda minha sensibilidade,
entenda meu choro.
Não é à toa o cigarro acesso na mão esquerda,
o vinho servido, o livro de poemas aberto sobre a mesa.
Entenda minha humanidade,
a minha necessidade de te ler um poema,
de provocar-te estas palavras,
estes desamparos de afeto.
Quando decidi escrever este poema,
tinha os olhos feridos de sal;
o corpo fragmentado e inútil e sofrido
por tanta beleza sendo lançada fora.
(tantas angústias que poderiam ser evitadas,
não fossem as mesquinharias e a falta de vontade
dos homens.)
Entenda minha sensibilidade.
Consola-me, não porque estou fraco, porque ninguém é fraco,
mas porque teu abraço e tuas palavras
restituem minha humanidade.
Pooooorra, quero sair gritando aqui no meio da redação! Acho que é de longe a coisa tua que mais gostei de ter lido até hoje. Só dá pra querer mais.
ResponderExcluirOh Bruno, obrigado! :)
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