e a luz da lua faz descer seus guerreiros sobre cavalos abstratos
para trotear pelas ruas da cidade,
num estertor poético de cascos
convocando
as 55 mil bocas desta cidade
para comer da minha poesia,
é que me ponho doido atrás de embelezamento e ordem
cavouco com faca a gramínea resistente
tinjo de cal os paralelepípedos
podo o topo das árvores
troco as lâmpadas dos postes
e nem que me custe à exaustão
ou a própria morte
vou de porta em porta
deixar uma rosa atada
com meu festejo-prece:
troco as lâmpadas dos postes
e nem que me custe à exaustão
ou a própria morte
vou de porta em porta
deixar uma rosa atada
com meu festejo-prece:
junta tuas mãos em concha,
a minha poesia é tua oferenda.
um poema eu diria talvez errôneamente que "apocalíptico".
ResponderExcluirmuito bom e místico.