sábado, 13 de fevereiro de 2010
A Palavra se fez carne e habitou entre nós
1
A Palavra quando se fez carne
e construiu seu templo abstrato no deserto
falou primeiro ao poeta, o mesmo em si,
em rompante de excentricidade criou o arcano
do verbo.
2
O Poeta quando se fez palavra
e primeiro letrado emocional
tornou-se num sacrílego,
escriturou depois do teti a teti
um amor subversivo
e todos os herdeiros e suas cromossômicas letras
hoje padecem da dor do não amado.
3
Lábios devotos debruçados sobre a fôrma alfabética,
a Palavra de tão forte
foi ao mundo dos cegos e surdos e leprosos,
escancarou com túmulos, chegando
onde o poeta e seu prelo não ousam proximidade.
Todos, então,
daqui até a travessia da linha do tempo,
aprenderam uma linguagem equivalente
e inexpressiva destituída de sentido.
4
A Palavra quando se fez carne e habitou entre nós,
sabia que de todo não era tão imbuída de importância
e que sua estadia na Terra seria breve
sabia que as dores e alegrias poderiam ser expressas
por lágrimas e sendo assim se fez dispensável.
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Ainda has de me dizer onde conseguists arrnjar talento para desenhar e ainda para escrever ! nao e para qqlqer um :b
ResponderExcluira palavra, o poeta e o pensamento, qdo juntos, nos dão e nos tiram a percepção... e a poesia vive...
ResponderExcluirgrande abs.
JR,
ResponderExcluirObrigado pelos elogios.
Paulo,
e a poesia vive...
Não sei xD
ResponderExcluirSimplesmente desenhei.
Mas até é engraçado desenhar a carvão :D