segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

História Poética I - Italiano por André Benedet Zilli


Desafiei o André (blog), e aqui está a versão do poema em italiano. Adorei(amei), pois com maestria conseguiu dar ritmo e musicalidade inerente à obra original (em português). André, ficou 
ó t i m o
espero que continue colaborando. Abraço, friend ; )
Marina, la concubina


Nel vibrare dell'aciaio
il tempo frana alla sordina
Nel curvarsi dell'osso
la flessibilità di Marina
Alle sette della mattina si sveglia, senza responsabilità
stira i suoi muscoli, la ragazza,
cerca la gelida acqua nel pozzo
si bagna, ovunque, ferina.
Nel vibrare delle ali
Marina lascia sua casa,
nem cammino sinuoso
piè davanti a piè, pesta in un mondo fallacioso.

Fernando, il pierro

La cappa a terra agitando come le foglie
va Fernando, il pierro italiano.
Con cotte ingenue
eclissando le sue lussurie,
portando i suoi sogni verso le vie.
Si ride si fa allegro nel cammino
transeunte, nella busca del mulino.
La cappa nella strada agitando come le foglie
ai re pedestri inscenando
il Insano-Fernando,
alla lettera amando.

Mulino, è nel cammino

Era stato inattivato il macinare del grano
Avevo ceduto spazio ai atti eroici della passione.
Aveva sospirato per venti forti, era arrivata la concubina
Pierro in ritardo, lei presto non si conterrebbe;
- sa chi ama della fugacità del tempo -.
Dunque, addentra Fernando e cerca Marina,
in devozione sibilante,
in uma destrezza astrattamente
amante.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Epigrama nº ...



Tenho uma imensa vontade
de ser um fracasso, de ser um nada
de dar em nada, de largar tudo, de arremessar
esses projetos e croquis na lama.


De afundar as costas numa poltrona
E não levantar senão para mijar.
Sou um embuste faltante de rimas e certezas
mendigando por alguma coisa que eleve
estas pálpebras arroxeadas.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

História Poética I























O poema a seguir faz parte de um projeto de livro, ainda inconcluso, de história poética. A moça de cima (abaixo) se chama Marina. Vamos lá.

Marina, a concubina


No fremir do aço
o tempo rui à surdina.
No vergar do osso
a flexibilidade de Marina.
Às sete da manhã acorda, sem endosso
estica seus músculos, a menina,
busca a gélida água no poço
banha-se, então, ferina.
No fremir das asas
Marina deixa sua casa,
no caminho sinuoso
pé ante pé, pisa num mundo falacioso.

Fernando, o pierrô

A capa ao chão farfalhando
lá vai Fernando, o pierrô italiano.
Tem-se em vestes ingênuas
eclipsando suas luxúrias,
carregando seus sonhos pelas ruas.
Ri-se e faz-se alegre no caminho
transeunte, em busca do moinho.
A capa a estrada farfalhando
aos reis pedestres encenando
o Insano-Fernando,
literalmente amando.

Moinho, fica no caminho

Fora desativado a moagem do grão
cedera espaço aos atos heróicos da paixão.
Ansiara por ventania, chegara a concubina.
Pierrô atrasado, ela logo não se conteria;
-sabe quem ama da fugacidade do tempo -.
Então, adentra Fernando e busca Marina,
em devoção sibilante,
numa destreza abstratamente
amante.