terça-feira, 31 de março de 2009
Porque me ler - Parte II
É incompreensível essa sua escrita, no entanto, mesmo assim existe algo que me faz continuar percorrendo essas páginas afoito para saber o que você tem a dizer, como aquele seu personagem ruivo que quando lê a palavra respirar decide assim, inflar seus pulmões até o limite; uma espécie de “faça o que seu mestre mandar”.
Faço o mesmo. Inflo meus pulmões. Passo a mão no cabelo. Como com os dedos. Sou também aquele que se indaga e chora; sou a vítima e também o homicida.
Recordo agora de suas perguntas enrustidas na cabeleira ruiva. Óbvio: de quê nos interessa saber o que é o câncer quando não se têm câncer? É a mesma coisa que acreditar que Nero pôs fogo em Roma ou que os jardins da Babilônia realmente foram suspensos. A subjetividade domina o mundo, mesmo quando a moda era estar com os pés firmes no chão.
quinta-feira, 26 de março de 2009
Megalomaníacos
Não ter consciência do que se faz, não justifica isenção de impostos. Pelo contrário, na minha megalomania estes serão os primeiros a serem mortos.
quarta-feira, 25 de março de 2009
Megalomaníacos - Primeira parte (talvez única)
Juntos a mesa redonda, dois amigos conversam sobre suas aspirações em mudar o mundo.
Alto chanceler, começamos por onde?
Matando!
Isso eu sei. Mas começamos por quem?
Primeiro: a putinha.
Segundo: as perdidas.
Terceiro: os que perdem tempo.
E...
Depois o resto. E ah, o resto que se foda no ralador de queijo!
Continuaaaaaaaaaaaa!
Alto chanceler, começamos por onde?
Matando!
Isso eu sei. Mas começamos por quem?
Primeiro: a putinha.
Segundo: as perdidas.
Terceiro: os que perdem tempo.
E...
Depois o resto. E ah, o resto que se foda no ralador de queijo!
Continuaaaaaaaaaaaa!
segunda-feira, 23 de março de 2009
Cicugota
Sonho
que entrarás por
aquela porta para me saquear
de mim mesmo.
Sonho
e já transpusestes a porta,
vestia qualquer coisa que lembrasse
um homem, ergueu-me, e que músculos...
um músculo faz falta, um músculo fálico
refletido possesso de gozo seminiferamente
sêmen a escorrer no canto da boca
a escorrer por entre as coxas até os joelhos
até os pés, como que se lavando por inteiro
de um rutilante prazer sintético;
como que se embebendo poro a poro
em cicuta-chilocaínica do velho xamã da tribo
vizinha.
Sonho
e sonhar já me basta.
Sonho
e sonhar já me encharca.
Sonho
e sonhar já é fugir.
Sonho
e sonhar já é gozar
que entrarás por
aquela porta para me saquear
de mim mesmo.
Sonho
e já transpusestes a porta,
vestia qualquer coisa que lembrasse
um homem, ergueu-me, e que músculos...
um músculo faz falta, um músculo fálico
refletido possesso de gozo seminiferamente
sêmen a escorrer no canto da boca
a escorrer por entre as coxas até os joelhos
até os pés, como que se lavando por inteiro
de um rutilante prazer sintético;
como que se embebendo poro a poro
em cicuta-chilocaínica do velho xamã da tribo
vizinha.
Sonho
e sonhar já me basta.
Sonho
e sonhar já me encharca.
Sonho
e sonhar já é fugir.
Sonho
e sonhar já é gozar
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