Lamber-te com os olhos
E te olhar com a língua:
O entendimento fica pra mais tarde.
segunda-feira, 11 de agosto de 2014
poema à 4 mãos
com Natalia D'AgostinSimulacro
Simulação
Espectro
A poesia visionada na luz fragmentada: somos cacos a reluzir
(dez)pedaços multiformes de cintilante
quinta-feira, 7 de agosto de 2014
de fato, a convivência
De fato a coisa mais poética que você me disse
Que “maçã boa é aquela que abelha pinga mel: a mordida é mais gostosa!”.
De fato, essa a qual mastigo e lhe oferto pedaços, um nojo!
“Esponjosa
Não açucarada
Falta mel!
Um nojo!”
Que “maçã boa é aquela que abelha pinga mel: a mordida é mais gostosa!”.
De fato, essa a qual mastigo e lhe oferto pedaços, um nojo!
“Esponjosa
Não açucarada
Falta mel!
Um nojo!”
(fragmento)
(...)eu só sei que viver só não consigo(...)
Só – Gustavo Galo
...) sobre o excesso e depois a ausência(... ainda que malquisto nos momentos de excesso, a falta é absolutamente indesejável... uma necessidade viciada de corpo; ainda mais o de gozar... não me aceito amando? Não o quero? Óbvio que o quero em sua completude permitida! E as loucuras permissíveis!. E agora a falta de um corpo e a boca florescida em dor; a serpente, ou outro animal peçonhento que a tudo o que toca faz perecer; ou outro pensamento mesquinho que formulado sobre o meu corpo o adoenta; o que recalcado surge, ressurge fantasmagoricamente para me perturbar à boca de miasmas de pus – a dor purulenta como a dos infestados
(... retrocesso
Talvez devesse dizer mais sobre a dor que me aflige num encorajamento protecionista; o de proteger meu corpo –
barreiras,
sacas de areia,
glóbulos brancos franceses,
Napoleão, Actimel Le LC Défense...
e disse
e o herpes serpenteando florescia por entre as flores cinematográficas: os quadros acelerados de um processo lento; de dias e estações contadas numa única tomada.
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