Poesia de Rotina
muita gente acredita
acredito que sim
também acredito
que há um cotidiano
e dentro do cotidiano
Poesia de Rotina
terça-feira, 6 de maio de 2014
Outro por vir
de um instante ao outro
torno-me outro
que me comunica à face:
És imediatamente outro agora!
Você não é bipolar, disse meu psiquiatra!
agora o que faço com esse outro incurável?
com esse outro desesperançado de pílulas?
Vou a outro psiquiatra,
quem sabe me receite umas.
torno-me outro
que me comunica à face:
És imediatamente outro agora!
Você não é bipolar, disse meu psiquiatra!
agora o que faço com esse outro incurável?
com esse outro desesperançado de pílulas?
Vou a outro psiquiatra,
quem sabe me receite umas.
sexta-feira, 2 de maio de 2014
seja você a parte do meu poema
por só nos vermos em partes
é que te rogo
uma ultima mordida
pra te arrancar um último pedaço
do seu céu claro
que desanuviará
o meu poema
com a tua presença
é que te rogo
uma ultima mordida
pra te arrancar um último pedaço
do seu céu claro
que desanuviará
o meu poema
com a tua presença
quarta-feira, 30 de abril de 2014
possível primeiro encontro
I
Seria assim:
Eu, constrangido
Ele, sem jeito.
Muito assunto
em poucas palavras.
Ele diria:
- diga alguma coisa?
Eu:
-não sei o que dizer!
II
Sorrio delicadamente
ou beijo o seu rosto?
Aperto a sua mão
ou te arrasto até a minha cama
enquanto me adianto tirando sua roupa?
IV
Em resposta desesperada à possibilidade de um encontro físico
Faço trejeitos diante do espelho
Tiro as roupas do guarda-roupa
Os sapatos e os cadarços.
Procuro as correntes, os anéis
As pulseiras e suas contas
Provo-as, recombino-as...
Cubro meu corpo com o que de mais belo possuo
Porque é somente o mais belo
Que te desejo dar.
Seria assim:
Eu, constrangido
Ele, sem jeito.
Muito assunto
em poucas palavras.
Ele diria:
- diga alguma coisa?
Eu:
-não sei o que dizer!
II
Sorrio delicadamente
ou beijo o seu rosto?
Aperto a sua mão
ou te arrasto até a minha cama
enquanto me adianto tirando sua roupa?
III
ensaio minha reação
para que,
quando tocar o interfone
subir por minhas escadas
e adentrar por minha porta
eu não te espante com minha gargalhada nervosa
mas que eu te sorria
delicadamente.
para que,
quando tocar o interfone
subir por minhas escadas
e adentrar por minha porta
eu não te espante com minha gargalhada nervosa
mas que eu te sorria
delicadamente.
IV
Em resposta desesperada à possibilidade de um encontro físico
Faço trejeitos diante do espelho
Tiro as roupas do guarda-roupa
Os sapatos e os cadarços.
Procuro as correntes, os anéis
As pulseiras e suas contas
Provo-as, recombino-as...
Cubro meu corpo com o que de mais belo possuo
Porque é somente o mais belo
Que te desejo dar.
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