terça-feira, 18 de março de 2014

coisa

Quem sabe
Acreditar em tudo ou em nada
E ser apenas um sensacionista
Divagando entre xícaras de café,
Cigarros e sexo.
Mas (ah!)
(suspiros)
(reticências)
Quantas coisas podem ser embutidas num vidro de conserva

Que se torna em vão o discurso das coisas pelas coisas 

,m

Meu te amo dito
,eu te amo dito
Meu te ao dito
,,
,eu te a,o dito
Meu te amo tão dito

do desamor

Isso de me ater aos teus pensamentos
e ficar absorto, imerso neles,
tem me deixado neurótico

Gostava de quando você não gostava de mim
quando não se importava, não me queria,
e por qualquer motivo me descartaria

Me trocaria
me venderia
me daria a outro
porque dividia seu amor com outros

No desamor,
éramos livres
e o sexo não nos punha
encurralados
feito bichos trancafiados em suas peles aflitas por gozo;

o gozo constante e insuficiente
o gozo constante e sem saudade
a ejaculação repetida numa masturbação
a dois.



quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Arribação

Dias quentes de arribação:
pernilongos, baratas, besouros...
toda a sorte de infestação de insetos
tripudiam sobre o meu corpo;
dançam a revelia nos meus ouvidos.
querem meu sono,
meu sangue, 
meu suor,
o meu farelo de pão,
a minha pele morta crestada pelo sol na trama dos lençóis.