O que me diz
É que sou seu amuleto
Sua erva mágica
Sua superstição
“Rafael-contigo-ninguém-pode”
Usa-me como escudo
E no combate me lança contra a espada
Do inimigo
segunda-feira, 31 de março de 2014
domingo, 30 de março de 2014
O que fazer depois de uma entrevista de emprego?
Nada!
Não faça nada!
Absolutamente nada!
Não estale os dedos,
Nem morda os lábios ou
detenha o telefone em suas mãos.
Muito menos conte aos outros
Que acabou de sair de uma entrevista de emprego.
Fale qualquer coisa,
Que acabou de tomar banho
E se vestiu para dar uma volta na cidade.
Ou, mesmo que pareça nonsense,
Que se vestiu para ficar em casa
Porque está se sentindo de bem consigo mesmo.
Só não manifeste a ansiedade, a sabotadora,
A que lhe consome as bases
E lhe atordoa.
De repente o telefone toca.
Número desconhecido,
Coração, corpo e suor:
“Fui contratado!”
Mas de repente é a morte.
De repente a notícia
De que alguém que você gostava morreu
Durante a manhã
E que não há nada a se fazer.
Não faça nada!
Absolutamente nada!
Não estale os dedos,
Nem morda os lábios ou
detenha o telefone em suas mãos.
Muito menos conte aos outros
Que acabou de sair de uma entrevista de emprego.
Fale qualquer coisa,
Que acabou de tomar banho
E se vestiu para dar uma volta na cidade.
Ou, mesmo que pareça nonsense,
Que se vestiu para ficar em casa
Porque está se sentindo de bem consigo mesmo.
Só não manifeste a ansiedade, a sabotadora,
A que lhe consome as bases
E lhe atordoa.
De repente o telefone toca.
Número desconhecido,
Coração, corpo e suor:
“Fui contratado!”
Mas de repente é a morte.
De repente a notícia
De que alguém que você gostava morreu
Durante a manhã
E que não há nada a se fazer.
quarta-feira, 26 de março de 2014
até mais
“Te deixo hoje!
Não vou levar
Saudade nem culpa.
Vou deixar tudo contigo.
Os míseros e os afortunados
E tudo aquilo que,
quando nos faltava palavras,
Chamávamos de ‘amor’
.”
Não vou levar
Saudade nem culpa.
Vou deixar tudo contigo.
Os míseros e os afortunados
E tudo aquilo que,
quando nos faltava palavras,
Chamávamos de ‘amor’
.”
todos estão surdos, inclusive eu
Chegam a mim
Com suas carências, dependências e insolvências.
Não dou muita bola.
Quando insistem por uma resposta:
“Isso é normal”
Um olhar de falsa comiseração
Um tapinha no ombro com a força de um
“Vá com Deus!”
Com suas carências, dependências e insolvências.
Não dou muita bola.
Quando insistem por uma resposta:
“Isso é normal”
Um olhar de falsa comiseração
Um tapinha no ombro com a força de um
“Vá com Deus!”
sexta-feira, 21 de março de 2014
encerramento com Bukowski
“vou lançar suco quente e brancodentro de você. Não voei desdegalveston para jogarXadrez”.
a deusa de um metro e oitenta - Charles Bukowski
Agora falta pouco
Pra eu pegar e
Dar o fora daqui
Ir pra qualquer lugar
Perto ou distante
Mas outro lugar com
Novas pessoas
Novas fodas
Outros bichos de carne
Feito eu
Um pouco de álcool e cigarros
E um pau duro de tesão
Pra eu dar umazinha bem dada
E não ficar satisfeito
terça-feira, 18 de março de 2014
Explicações sem-aplicações
Seu xadrez combina com meu listrado
sem que haja qualquer explicação.
Caso encontre,
não perca tempo em me contar,
dispenso esse tipo de ideia.
sem que haja qualquer explicação.
Caso encontre,
não perca tempo em me contar,
dispenso esse tipo de ideia.
coisa
Quem sabe
Acreditar em tudo ou em nada
E ser apenas um sensacionista
Divagando entre xícaras de café,
Cigarros e sexo.
Mas (ah!)
(suspiros)
(reticências)
Quantas coisas podem ser embutidas num vidro de conserva
Que se torna em vão o discurso das coisas pelas coisas
do desamor
Isso de me ater aos teus pensamentos
e ficar absorto, imerso neles,
tem me deixado neurótico
Gostava de quando você não gostava de mim
quando não se importava, não me queria,
e por qualquer motivo me descartaria
Me trocaria
me venderia
me daria a outro
porque dividia seu amor com outros
No desamor,
éramos livres
e o sexo não nos punha
encurralados
feito bichos trancafiados em suas peles aflitas por gozo;
o gozo constante e insuficiente
o gozo constante e sem saudade
a ejaculação repetida numa masturbação
a dois.
e ficar absorto, imerso neles,
tem me deixado neurótico
Gostava de quando você não gostava de mim
quando não se importava, não me queria,
e por qualquer motivo me descartaria
Me trocaria
me venderia
me daria a outro
porque dividia seu amor com outros
No desamor,
éramos livres
e o sexo não nos punha
encurralados
feito bichos trancafiados em suas peles aflitas por gozo;
o gozo constante e insuficiente
o gozo constante e sem saudade
a ejaculação repetida numa masturbação
a dois.
Assinar:
Postagens (Atom)