terça-feira, 27 de abril de 2010
Eis o homem e aos cachorros os que não me entenderem
(sim, referência e reverência absoluta à Nietzsche)
Deixe que eu cubra esta mesa
que aqui será altar de realidades inventadas
a que me ponho no centro
(divindade despótica e crente absoluto)
exerço meu culto
peço meu milagre
como se estivesse em outro país
e lá fosse permitido matar.
Sim, não cometo erros e nem crimes
estou acima da moralidade
mas se for preciso
reescrevo minhas leis,
porque não há religião maior do que a que inventei.
sexta-feira, 23 de abril de 2010
O que se expõe
Às vezes só existo no exagero
Eterna exposição de mim
Externa auto-explicação de mim
Conjuntura de protestos, axiomas, cartas, afetos
Interna e pontuda angústia que esvoaça
irrompida de não ser
não ser tem em si toda a divindade que transborda de mim
encharcando a terra daquilo que não poderia regar.
Auto expropriação de mim
Sou grito partido
Atabaque para os Orixás
Luminiscência
Bunda de vaga vaga lume prenhe de escuridão
grávida na tentativa
densa e árdua re-obtenção de mim
II
Quando saí da tua vulva, mãe,
era da minha própria boca que saía
Boca úmida, de palavras úmidas
misturadas nos lábios do medo
Não, não tema por mim
que maior medo sinto eu
Medo esse, que se me re-vira,
me descobre e me emancipa
mais ainda de mim.
terça-feira, 20 de abril de 2010
Manifesto poético ao . poe M arte . (2 anos de blog)
MANIFESTO POÉTICO AO . POE M ARTE .
MANIFESTO POÉTICO AO . POE M ARTE .
preso num padrão estético miserável
faço arte para impor meus preconceitos.
subversivo é o ato
subversão é o palco.
Nota:
As palavras de 2 anos atrás continuam com a mesma força hoje.Clique aqui!
sábado, 17 de abril de 2010
Motel
e na cidade vão-se morrendo os amantes.
Atrás deles
vou juntando seus vestígios largados pelo chão
até que fique tudo limpo.
Para alguns foi dado o direito de amar,
para outros,
o dever de guardar esse direito.
(ofício poético)
quarta-feira, 7 de abril de 2010
Poesias de Transfiguração - Início
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