Eu
Não quero esconder nada
À sensibilidade alheia
A macilência do rosto
Os olhos afundados em tristezas
Sulcos, gretas, caroços e veias
Testemunhas da minha dor,
da minha feiura
Que não mostra os dentes por vergonha
segunda-feira, 15 de agosto de 2016
quarta-feira, 6 de abril de 2016
Verticalização
Referente à realidade
Mas na esfera dos sonhos
Busquei a palavra,
A simbólica
Matéria moldável
Dos meus delírios.
Vi o que não deveria ver
Toquei o que não deveria tocar
Abduzido dos sentidos
Na minha fuga vertical
Dei de cara com o que não queria encontrar
E novamente fui lançado
Para dentro do círculo da Bruxa.
Mas na esfera dos sonhos
Busquei a palavra,
A simbólica
Matéria moldável
Dos meus delírios.
Vi o que não deveria ver
Toquei o que não deveria tocar
Abduzido dos sentidos
Na minha fuga vertical
Dei de cara com o que não queria encontrar
E novamente fui lançado
Para dentro do círculo da Bruxa.
quinta-feira, 31 de março de 2016
não ser
o que ao vento se dava:
anteparo qualquer
em que repousa o destino.
Um campo cheio de destinos!
e na linha do horizonte,
entre o céu e a terra, no tempo,
(...)
uma nuvem formada
onde embrenhado meu corpo esteve
a correr, a desprender-se,
a mesclar-se na velocidade
com que tudo se desfaz e se refaz,
no enleio que é a morte:
- Acuso-lhe de não ser eu,
Homem ou flor,
Nem você, dente-de-leão,
Presa ou bicho.
domingo, 20 de março de 2016
quinta-feira, 28 de janeiro de 2016
Fragmento - 15 de janeiro de 2016
(...) cometeria uma loucura hoje porque é meu aniversário, e sendo ou não coisa inventada, vibra em mim uma energia de realização; uma loucura parecida com as cometidas pelos andarilhos mal criados, mas diferente. Sairia xingando, palavra encadeando palavra, palavrão encadeando palavrão, tudo isso sem mágoas ou dores, apenas por deleite amoral, (ato inconsciente de repúdio? Quero acreditar que não). Sairia nu, porque ainda considero a nudez o nosso melhor discurso de aceitação e de permutação entre egos. (...) Sempre me pergunto o porquê das pessoas gastarem tanto dinheiro com roupas, se a maior vaidade mora no corpo, que por si só se diferencia e se referencia, causando ao mesmo tempo em si e no outro, desejo e repulsa. Eu, entre tantas coisas, apenas um corpo a ser desfrutado pelo tempo, por mim e pelos outros. (...)
quarta-feira, 27 de janeiro de 2016
Pornô XVI
Já fui de transar com qualquer um,
hoje transo com desconhecidos,
apenas desconhecidos.
Desconhecidos de um dia ou de um ano.
De anos talvez?!
Até agora o mais desconhecido tinha 26 anos,
Foi quando transei comigo mesmo;
Toquei em partes que delas nunca imaginei
Extrair prazer.
Riem de mim os que namoram,
Os que se conhecem, os que só transam com conhecidos,
Os seguros de si...
iludidos!
hoje transo com desconhecidos,
apenas desconhecidos.
Desconhecidos de um dia ou de um ano.
De anos talvez?!
Até agora o mais desconhecido tinha 26 anos,
Foi quando transei comigo mesmo;
Toquei em partes que delas nunca imaginei
Extrair prazer.
Riem de mim os que namoram,
Os que se conhecem, os que só transam com conhecidos,
Os seguros de si...
iludidos!
Chá de camomila
Acalmar as gengivas
Estancar o sangramento
Imobilizar a bactéria
Combatê-la
Erradicá-la da raiz
Antes que dela se alimente,
E fortalecida,
Derrube-nos.
Estancar o sangramento
Imobilizar a bactéria
Combatê-la
Erradicá-la da raiz
Antes que dela se alimente,
E fortalecida,
Derrube-nos.
sábado, 9 de janeiro de 2016
Cu
O cabelo de cair sobre os olhos,
De contornar as pálpebras
que sobrepõem o seu oculto.
Toco o seu supercílio
que
assustado se contrai.
Há realmente segredo no que ocultas
ou eu que inventei segredo em si?
Segredo um segredo:
por trás dos teus cabelos visiono um
tesouro?
Um oculto?
Um olho?
Ou um cu?
De contornar as pálpebras
que sobrepõem o seu oculto.
Toco o seu supercílio
que
assustado se contrai.
Há realmente segredo no que ocultas
ou eu que inventei segredo em si?
Segredo um segredo:
por trás dos teus cabelos visiono um
tesouro?
Um oculto?
Um olho?
Ou um cu?
Pornô XV
Sim,
Dizer que o amei desde então
Desde nossas vistas encontradas
Sem saber se ali morava prazer
Dizer que o amei desde então
Desde nossas vistas encontradas
Sem saber se ali morava prazer
Exercício
Me apego a certa lembrança, a única.
Metonímia de você
Vivificada e vibrante.
Objeto
Me apego a certo objeto, o único.
Metonímia de lembrança
Você, vivificado, mas dormente.
Toco certo objeto, o ponto.
Pingo limão na ostra inamovível
Ato sofrível, mas de desejoso palato.
O seu orifício, antes dormente,
Agora vivificado,
o orifício a contrair-se ao meu toque
Metonímia de você
Vivificada e vibrante.
Objeto
Me apego a certo objeto, o único.
Metonímia de lembrança
Você, vivificado, mas dormente.
Toco certo objeto, o ponto.
Pingo limão na ostra inamovível
Ato sofrível, mas de desejoso palato.
O seu orifício, antes dormente,
Agora vivificado,
o orifício a contrair-se ao meu toque
- Eu o engulo!
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o oco cheio de vazio
é que não posso ser porque não me pertenço não sou de mim mesmo: nem o corpo ou a fala nem o membro, nem a língua nem o próprio gozo apree...
-
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Minha voz não é das melhores, mas o que vale é a intenção Sicromalíaco. Não sei o que realmente significa, mas sei, e isso é como dogm...