Depois de tanto tempo de casados, uma mensagem romântica
enviada por engano para o celular de sua esposa, já que o nome da amante vinha
posteriormente, salvou a união há muito desgastada. Ela se tornou mais doce,
ele mais amável. Ambos reviviam suas ingenuidades.
sábado, 21 de janeiro de 2012
terça-feira, 17 de janeiro de 2012
Palavrório de três versos - SUOR
Parecia que te bebia
a cada beijo que a
minha boca
dispensava sobre teu corpo.
Supunha-te aventureiro
Supunha-te outra coisa
parecida com
ramagem a escalar os montes;
caules a embrenharem-se
ramagem a escalar os montes;
caules a embrenharem-se
nos hexágonos das cercas de arame farpado;
folhagens viníferas armadas sobre o pergolado;
bago de uva intumescida de vinho provado
com aroma frutado de ameixa e notas de tabaco.
Não isto aí,
quase sem ritmo
.
Intrusos
Eu que nunca soube ser singelo,
porque no improviso do tempo
existiu Chirico;
e tu que me falas de Kant
num relativismo absurdo
que me faz arder de tanta incerteza
segunda-feira, 16 de janeiro de 2012
Palavrório de três versos
Por ora contorno meu pensamento
evitando decifrar
o motivo de tanto tédio.
domingo, 15 de janeiro de 2012
Fetichismo
Era com a mão que tornaria o ato profano.
Coloquei-o de quatro sobre a cama
e na minha posição,
puxava o escapulário
enquanto o penetrava vagarosamente,
e, com acuidade de amante
percebia eriçarem os pelos das tuas nádegas.
Diz tu:
-Coisa mais engraçada é bunda de homem!
-Por quê?
-É peluda!
Sorrio.
-A minha não é!
Diz eu:
-Sabe como sei que você tá sentindo prazer?
-ham...
-Quando vejo os poros da tua bunda eriçarem.
sábado, 14 de janeiro de 2012
Desdobre
Ficaria muitíssimo triste se a partir de então
Não lhe causasse mais espanto.
E fosse para ti, lembrança de chegada,
Sem mais surpresa de partida.
terça-feira, 10 de janeiro de 2012
Palavrório de três versos
Se não o abraço com mais carinho,
é por medo que a vida me alcance
e eu acabe não prestando pra mais nada.
sexta-feira, 6 de janeiro de 2012
quarta-feira, 4 de janeiro de 2012
Palavrório de três versos
Há ainda o meu corpo a se enfeitar
com as supernovas
que pontilham no teu olhar.
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o oco cheio de vazio
é que não posso ser porque não me pertenço não sou de mim mesmo: nem o corpo ou a fala nem o membro, nem a língua nem o próprio gozo apree...
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