terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Palavrório de três versos - SUOR


Parecia que te bebia
a cada beijo que a minha boca
dispensava sobre teu corpo.

Supunha-te aventureiro


Supunha-te outra coisa
parecida com
ramagem a escalar os montes;
caules a embrenharem-se 
nos hexágonos das cercas de arame farpado;
folhagens viníferas armadas sobre o pergolado;
bago de uva intumescida de vinho provado
com aroma frutado de ameixa e notas de tabaco.

Não isto aí,

quase sem ritmo

.

Intrusos


Eu que nunca soube ser singelo,
porque no improviso do tempo
existiu Chirico;
e tu que me falas de Kant
num relativismo absurdo
que me faz arder de tanta incerteza

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

domingo, 15 de janeiro de 2012

Fetichismo


Era com a mão que tornaria o ato profano.

Coloquei-o de quatro sobre a cama
e na minha posição,
puxava o escapulário
enquanto o penetrava vagarosamente,
e, com acuidade de amante
percebia eriçarem os pelos das tuas nádegas.

Diz tu:
-Coisa mais engraçada é bunda de homem!
-Por quê?
-É peluda!

Sorrio.
-A minha não é!

Diz eu:
-Sabe como sei que você tá sentindo prazer?
-ham...
-Quando vejo os poros da tua bunda eriçarem.

sábado, 14 de janeiro de 2012

Desdobre


Ficaria muitíssimo triste se a partir de então
Não lhe causasse mais espanto.
E fosse para ti, lembrança de chegada,
Sem mais surpresa de partida.

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

3


O que o tempo nos faz ver, são sempre as mesmas coisas só que aparentemente diferentes, porque mascaradas intentando o diverso com os pés sobre o mesmo caminho.

De uma hora para a outra tudo parece novidade. E depois de Jude Law, Joaquim Phoenix, Louis Garrel me parece o sexy symbol e o padrão de homem apropriado para amar.

o oco cheio de vazio

é que não posso ser porque não me pertenço não sou de mim mesmo: nem o corpo ou a fala nem o membro, nem a língua   nem o próprio gozo apree...