quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Perfil - Exibicionismo



Não sou bonito nem feio, disse Thiago Momm no jornal Diário Catarinense numa de suas crônicas, que agora nem me lembro do que se tratava tamanha identificação e comprometimento que passei a ter por sua frase.

Não sou bonito nem feio, nem rico nem pobre, nem tenho sobrenome de gente importante, e quase nunca supero minha mediocridade, e quase sempre a vida se torna muito maior sobrepondo-me seus lugares, pessoas, e prazeres que nunca sentirei. Mas não há nada de triste nisto, e por isso não me intimido em sonhar com o Nobel de literatura – como se houvesse muitas coisas por dizer -, ou o prêmio Pritzker de arquitetura – como se os meus vazios e cheios fossem válidos para humanidade -.

o oco cheio de vazio

é que não posso ser porque não me pertenço não sou de mim mesmo: nem o corpo ou a fala nem o membro, nem a língua   nem o próprio gozo apree...