pressinto a novidade.
ela me vem como uma intuição,
como o soar de um instrumento de sopro.
uma anunciação, um delírio, um êxtase religioso
que toma o corpo
e brada como os Caboclos num terreiro de umbanda,
sempre abrindo caminhos,
rompendo matas,
retirando a erva daninha
que pela fresta do cimento
se enraizou
intentando o céu.
- aí você me perguntou como isso era possível?
(porque há sempre um espaço a ser preenchido com perguntas)
um pé de melancia, citrullus vulgaris,
irromper não sei de onde,
semeada de não sei que pássaro-vento nesse quase fim de verão?
(porque há sempre um espaço a ser preenchido com respostas)
e um silêncio imperceptível
em que a vida acontece
domingo, 12 de maio de 2019
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o oco cheio de vazio
é que não posso ser porque não me pertenço não sou de mim mesmo: nem o corpo ou a fala nem o membro, nem a língua nem o próprio gozo apree...
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