terça-feira, 26 de abril de 2011

Sinestesia

É preciso que o poema estale na boca e no palato exploda
que nos olhos evapore e derrame
ascendendo aos ouvidos
e encharcando o corpo.

terça-feira, 15 de março de 2011

Pergunta para Adélia Prado

Se repetires singelo, singelo, singelo
E eu: sois belo, belo, belo
é possível que na aflição da palavra
te tornes bela e eu singelo?

o oco cheio de vazio

é que não posso ser porque não me pertenço não sou de mim mesmo: nem o corpo ou a fala nem o membro, nem a língua   nem o próprio gozo apree...