terça-feira, 22 de abril de 2014

tão logo, quero solidão

A solidão aporta como uma intrusa.

Desestabiliza-me.

É sempre uma luta entre a liberdade e a companhia.
A liberdade que me dá tudo
Mas não me dá corpo
O corpo que me dá companhia
E tão logo o desassossego
de não me querer mais em companhia;
nem os cafés-da-manhã, os bombons, os pratos elaborados
os vinhos sofisticados
nem o resto depois do sexo.
Acho tudo um excesso!

Só me penso lavado e deitado
Refestelando-me
Com um travesseiro entre as pernas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

o oco cheio de vazio

é que não posso ser porque não me pertenço não sou de mim mesmo: nem o corpo ou a fala nem o membro, nem a língua   nem o próprio gozo apree...