Entenda minha sensibilidade,
entenda meu choro.
Não é à toa o cigarro acesso na mão esquerda,
o vinho servido, o livro de poemas aberto sobre a mesa.
Entenda minha humanidade,
a minha necessidade de te ler um poema,
de provocar-te estas palavras,
estes desamparos de afeto.
Quando decidi escrever este poema,
tinha os olhos feridos de sal;
o corpo fragmentado e inútil e sofrido
por tanta beleza sendo lançada fora.
(tantas angústias que poderiam ser evitadas,
não fossem as mesquinharias e a falta de vontade
dos homens.)
Entenda minha sensibilidade.
Consola-me, não porque estou fraco, porque ninguém é fraco,
mas porque teu abraço e tuas palavras
restituem minha humanidade.
terça-feira, 15 de maio de 2012
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o oco cheio de vazio
é que não posso ser porque não me pertenço não sou de mim mesmo: nem o corpo ou a fala nem o membro, nem a língua nem o próprio gozo apree...
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é que não posso ser porque não me pertenço não sou de mim mesmo: nem o corpo ou a fala nem o membro, nem a língua nem o próprio gozo apree...
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possibilidades poéticas do confinamento antes de sair de casa, não esqueça que ontem foram 4249. Brasil, 08 de abril de 2021. *4.249 mort...
Pooooorra, quero sair gritando aqui no meio da redação! Acho que é de longe a coisa tua que mais gostei de ter lido até hoje. Só dá pra querer mais.
ResponderExcluirOh Bruno, obrigado! :)
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