segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Mais que os artrópodes


"Duro de forte, o amor feinho é magro, doido por sexo
e filhos tem os quantos haja.Tudo que não fala, faz."
(adélia prado - amor feinho)


O meu amor é macérrimo e doido por sexo.
Carrega rosário nos domingos,
nos outros dias
faz a via crucis do meu corpo.

Não entrou na minha vida
arrombando portas,
tampouco pediu permissão.
Foi enrodilhando corpo
feito minhoca

corpo e terra
corpo e terra
corpo e terra

quando se percebeu
já estava com as raízes.

3 comentários:

  1. Te rodeando chego mais perto de você sem que seja tão ofensivo...
    Te amo, meu amor feinho!

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  2. quando percebi você já estava com as raízes.

    te amo.

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  3. vim conhecer quem me visita em silêncio e gostei muito do que vi, adoro esse "que" irreverente.

    evoé!

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o oco cheio de vazio

é que não posso ser porque não me pertenço não sou de mim mesmo: nem o corpo ou a fala nem o membro, nem a língua   nem o próprio gozo apree...