domingo, 2 de maio de 2010

Chá das Cinco - Parte II

Se nosso passado é tomado
em xícaras de café ou chá,
o meu é apenas registrado
em caligrafia crua.

Meu passado
vira poema ou toada,
é que poeta têm existência breve
sofre da doença “inadequado”,
por isso escreve,
prega as situações
ao pé de sua cama
e faz delas cárceres domésticas.

E o único contato
com o “Abre-te Sésamo”,
o mundo que Deus fez em seis dias,
é o chá que em discurso sucinto
acaba no quinto e descansa no sexto.

O sétimo...
o sétimo que se dane.

3 comentários:

  1. hum, o sétimo é sempre a própria danação.. tem mais é q se danar mesmo..

    abs grande.

    ResponderExcluir
  2. Exatamente, Paulo, é aí que a gente se entende.

    KKKK

    ResponderExcluir
  3. o sétimo que se foda, né? :)
    mas são mesmo os POETAS filhos da puta socialmente inviáveis...
    convivo com um punhado deles diariamente, e vivo a escrita de outros tantos. até dói tanta mazela social! huehehehe

    ResponderExcluir

o oco cheio de vazio

é que não posso ser porque não me pertenço não sou de mim mesmo: nem o corpo ou a fala nem o membro, nem a língua   nem o próprio gozo apree...