domingo, 23 de maio de 2010

Carta I
Tentando explicar é que me confundo. Talvez me direcione tortuosamente e será sempre assim até o momento em que, decididamente, eu fique mudo para não criar padrões equívocos na sua cabeça: sinal de respeito às suas regras. Então me ajoelho.

Comecei a ler mesmo com doze anos, disse, vou dar uma chance aos livros e ver o que eles têm a dizer, desde então eu consumo livros para me salvar, porque cada frase, verso que me identifico é semelhante levar uma machadada na cabeça, só não se sangra, do resto, sente-se a dor e um apelo da humanidade visionando um resgate. Fecho o livro por uns minutos e imagino uma saída para superar e continuar a leitura.

Como The dreamers do cineasta Bernardo Betolucci, fiz dos livros a cinefilia dos seus personagens que confundiram a tela ao ponto de não saberem seu papel fundamental no cotidiano, absorveram outros personagens e viveram numa mistura de atos e tragédias.

4 comentários:

  1. Olá, Fiquei esperando um relato mais detalhado sobre suas leituras. Valeu mesmo assim! Abraço

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  2. Calma, Pedra, isto é apenas uma carta e é apenas a primeira parte, ainda virão três após esta.

    Aguarde e entenderá.

    Beijos,

    Rafa.

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  3. ...só não se sangra, do resto, sente-se a dor e um apelo da humanidade visionando um resgate....

    Entendo perfeitamente.

    Gosto muito desse teu lugar aqui. Estou aguardando o que está por vir...

    Um beijão.

    Ah, podemos linkar vc lá no eutímicas???

    :-)

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é que não posso ser porque não me pertenço não sou de mim mesmo: nem o corpo ou a fala nem o membro, nem a língua   nem o próprio gozo apree...