segunda-feira, 22 de março de 2010

Derrames V



Depois de ti,
perdi o jeito pro sexo
mordidas equívocas
penetrações incômodas

das sobras:
a disritmia do verso

porque antes segurávamos
a beleza do mundo sobre nossos púbis
e amar se descrevia como nuvens de pêlos

estrelas cadentes, abstrações sentidas
que hoje se descartaram.
Por lembrança te culpo
que não fodo como antes,
sendo angústia
ainda te espero com sensações velhas.

3 comentários:

  1. Este está totalmente sem pudor, foi dos mlhores q ja pusests msm :)

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  2. a espera do eterno retorno...
    mas por que não fazer de um retorno uma elevação do eterno, se utilizando de tantas mesmas púbis, mesmo que em carne sejam outras as bucetas?
    e dos derrames, que ajam mais a serem chorados no poder de um porvir, pois toda folha se faz melhor escrita quando encharcada, seja de lágrimas, suor, sangue ou mesmo gala(esperma), tudo tem um certo teor do vital, ao mesmo tempo em que se faz tudo apenas um algo supérfluo se não houver presente o afeto...

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  3. poemas apaixonados são mesmo assim.... sinceros.

    *há mto n teclamos, cara.. tudo certin contigo?

    abs grande.

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o oco cheio de vazio

é que não posso ser porque não me pertenço não sou de mim mesmo: nem o corpo ou a fala nem o membro, nem a língua   nem o próprio gozo apree...