terça-feira, 16 de março de 2010

Derrames III



A partir do terceiro passo
já é rotina
a partir da segunda garfada 
o gosto é familiar
e o que acomete esse poema é sua ausência
misto de saudade, carência e colheres de piegas
angústia de instante 
derrame 
e no fim do quarto passo
já é tudo mentira
me contento ou me adapto:
quem ama nunca perde.

15 comentários:

  1. [e contudo ele move-se, o mundo que gira ininterruptamente em volta da palavra]

    um imenso abraço, Rafael

    Leonardo B.

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  2. ei, gosto ler que quem ama nunca perde. me fez sentido.

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  3. Seus post não me dão muita vontade de dizer algo novo.
    Porque eu não preciso dizer. Eu apenas sinto. Mas eu sinto mesmo.
    Sinto e o que vem é só: poxa...É verdade, lindo lindo lindo!!!


    Por que tudo que a gente escreve e que seja verdade é lindo?

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  4. ...
    -''No fim já é tudo mentira'' por isso que nunca se perde... Brilhante colocação...

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  5. Bom dia Rafael...
    Sentimento puro...gostei!
    bjs

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  6. Leonardo,

    É só no mundo da palavra que a gente realmente existe, só existo por lá.

    Abraço.

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  7. Resiliência,

    Quem ama nunca perde, mas a vontade de perder é imensa.

    Beijo

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  8. Tassi,

    pura verdade, nem que seja só verdade pra gente, mas já é o suficiente pra ser lindo.

    Leu minha resposta ao seu comentário no post passado?

    gata, tenho orgulho de ver gêmeas comentando meus textos.

    Beijoooooooo

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  9. Ramon,

    No fim é tudo mentira, é tudo uma eterna ilusão.

    Já dizia Neruda, te amo e não te amo...

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  10. "quem ama nunca perde.".. o q teclar depois dessa?... risas..

    *a imagem q acompanha o poema ficou fodástica...

    abs grande.

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  11. Paulo,

    Quem ama nunca perde, pelo menos consegui.

    haihai

    Abraço

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o oco cheio de vazio

é que não posso ser porque não me pertenço não sou de mim mesmo: nem o corpo ou a fala nem o membro, nem a língua   nem o próprio gozo apree...