terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Poema Imagem IV - Diário de Bordo




Estou morando em um determinado lugar
com determinadas pessoas,
as quais, ordenam determinadas coisas
antes de submergirem suas redes para o arrastão no mar.

Estou sentado em um determinado banco
num determinado café de esquina
lendo uma determinada revista.

Marulho, marejo, marujo
que trazes do mar?
Uma pedra redonda,
um olho de peixe,
ou enguias eletrificadas de sonhos?

Estou, e estar já é determinar qualquer possibilidade
de começar a ser qualquer determinada outra coisa;
outra coisa que bóie e transborde e exceda.

Não inculca que minha história seja velha,

O palco é novo.
O palco é grande.
O palco é gente.
A gente é nova.
A gente:
são-me estranhas.

2 comentários:

  1. "Não inculca que minha história seja velha" me soou bonito, corajoso, sabe... são essas passagens q abrem espaço a novas possibilidades de pensamento e criação...

    parabéns, cara.

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  2. Deixa eu te contar que seus desenhos e postagens me dão uma vontaaaade gigante de apertar bem colados a mim e beijar, beijar, beijar.

    Você é maravilhoso.

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o oco cheio de vazio

é que não posso ser porque não me pertenço não sou de mim mesmo: nem o corpo ou a fala nem o membro, nem a língua   nem o próprio gozo apree...