terça-feira, 31 de março de 2009

Porque me ler - Parte II


É incompreensível essa sua escrita, no entanto, mesmo assim existe algo que me faz continuar percorrendo essas páginas afoito para saber o que você tem a dizer, como aquele seu personagem ruivo que quando lê a palavra respirar decide assim, inflar seus pulmões até o limite; uma espécie de “faça o que seu mestre mandar”.

Faço o mesmo. Inflo meus pulmões. Passo a mão no cabelo. Como com os dedos. Sou também aquele que se indaga e chora; sou a vítima e também o homicida.

Recordo agora de suas perguntas enrustidas na cabeleira ruiva. Óbvio: de quê nos interessa saber o que é o câncer quando não se têm câncer? É a mesma coisa que acreditar que Nero pôs fogo em Roma ou que os jardins da Babilônia realmente foram suspensos. A subjetividade domina o mundo, mesmo quando a moda era estar com os pés firmes no chão.

2 comentários:

  1. eu tinha esquecido de como teus textos são bons. Eu andei por fora dessa coisa toda de blog.
    Bom dia!

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  2. "viajar com no céu com os pés no chão é viver além da imaginação." P inefável é a causa dessa verossimilhança. Bela crítica.

    Abraços

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o oco cheio de vazio

é que não posso ser porque não me pertenço não sou de mim mesmo: nem o corpo ou a fala nem o membro, nem a língua   nem o próprio gozo apree...